Era uma bela e aprazível tarde de outono, em fins do século IV.

Num mosteiro situado nos arredores de Belém, na longínqua Palestina, ouvia-se apenas o ecoar da voz grave e compassada de um monge, proveniente da sala onde a comunidade inteira, em silencioso recolhimento, escutava a leitura espiritual.

De repente, entrou no recinto um enorme leão manco. Mal o viram, os monges debandaram, num tremendo alvoroço. Só um permaneceu sentado, impassível: o superior da casa.

Levantando-se, chamou a fera com um aceno de mão. Esta se aproximou como um dócil cordeirinho e mostrou-lhe uma pata ferida.

Depois …