Esta é uma pergunta que, no nosso caso, precisa ser respondida muito mais à luz da fé do que da razão.

Ser um cooperador e, portanto, fazer parte dos Arautos do Evangelho é, para mim e para meu marido, uma questão antes de tudo de fé na Providência Divina, nos desígnios de Deus. Temos plena certeza de que foi Ele que nos conduziu, numa viagem de passeio, ao primeiro contato com esse movimento, do qual até então nunca tínhamos ouvido falar.

Uma de nossas companheiras de viagem era uma garota de seus dezesseis anos, que estava em companhia da irmã mais velha. Desde o início, ela chamou nossa atenção pelo lindo medalhão de Nossa Senhora de Fátima, que trazia pregado na blusa, e também pelo seu jeito modesto e recolhido.

Em conversa, Daniele (este é seu nome) nos contou que pertencia aos Arautos do Evangelho, como leiga de vida consagrada.

Entre várias atividades de apostolado, dedicavam-se a promover a devoção a Maria Santíssima, através da visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima aos lares daqueles que desejassem venerá-La.

Como éramos profundamente devotos de Maria Santíssima, tendo d’Ela recebido inúmeras graças, meu marido e eu nos candidatamos. No dia 3 de dezembro de 2000, recebemos a visita da belíssima imagem de Nossa Senhora de Fátima, trazida por duas moças dos Arautos do Evangelho, Gisele e Letícia. Na presença de nossos filhos, de vários familiares e amigos, coroamos Nossa Senhora como Rainha de nosso lar e de nossos corações.

Nesse dia, pedimos a Ela, entre outras graças, que nos apontasse um caminho no qual pudéssemos servir a Deus, ajudando o próximo, e assim retribuir, ainda que de forma insignificante, as graças recebidas.

Na mesma ocasião, ficamos conhecendo, através de CDs trazidos pelas moças, o seguimento musical dos Arautos do Evangelho: o coral e a banda sinfônica conhecidos como Os Cavaleiros do Novo Milênio, que nos encantaram pela beleza de suas apresentações.

Começamos então a comparecer a Missas e eventos que tinham a participação dos Cavaleiros.

Pouco a pouco, no contato com as moças e os rapazes dos Arautos do Evangelho, fomos conhecendo melhor o movimento, tomando consciência de seus elevados objetivos, e, desejosos de participar, acabamos por nos inscrever em algumas de suas magníficas atividades de apostolado.

Quando recebemos do Sr. João S. Clá Dias, fundador e presidente dos Arautos, e regente de Os Cavaleiros do Novo Milênio, o convite para fazer parte dos cooperadores dessa Associação, não duvidamos em aceitar.

Era a resposta de Nossa Senhora a nosso pedido para que nos indicasse a melhor forma de servir a Deus, através do serviço aos irmãos.

Para um cooperador, ser arauto do Evangelho significa dispor-se a propagar a palavra de Cristo através do amor à Sagrada Eucaristia, da devoção a Maria Santíssima e da obediência filial ao Santo Padre.

Mais do que por palavras, a propagação do Evangelho deve ser feita pelo exemplo de uma vida cristã, em que o belo, o verdadeiro e o bom, reflexos do próprio Deus, estejam presentes em todas as atitudes diárias, em nosso lar, na família, em nosso ambiente profissional e social.

Neste mundo de hoje, tão perdido e conturbado, onde a competitividade selvagem, a violência, a laxidão moral, o excessivo individualismo e o materialismo tomaram o lugar dos valores espirituais pregados por Jesus, sentimo-nos felizes de poder participar de um movimento que visa resgatar esses valores, fazendo predominar a generosidade, por meio da caridade aos menos favorecidos, o respeito ao próximo, as virtudes morais, a solidariedade e – acima de tudo – o amor a Deus e a devoção a Maria Santíssima. Em suma, orientar a vida para o Evangelho de Cristo.

Com nossa humilde participação, esperamos atrair um número cada vez maior de pessoas que compartilhem os mesmos ideais, até que, numa onda avassaladora, e colaborando com os outros grupos e associações eclesiais, todo esse mundo terrível em que vivemos seja transformado num mundo de amor, justiça e paz, onde possa cumprir-se a promessa de Nossa Senhora de Fátima: “E por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.