“Ser Igreja Missionária…” é o tema do 9º Plano Arquidiocesano de Pastoral 2004-2007, apresentado no dia 8 de maio a aproximadamente 500 integrantes dos 38 movimentos e associações atuantes na Arquidiocese de São Paulo.
Presidindo o encontro, Dom Cláudio Hummes convocou o laicato organizado a assumir a “missão permanente” na Arquidiocese.
O novo Plano Pastoral é uma feliz aplicação do Projeto Nacional de Evangelização da CNBB: “Queremos ver Jesus – Caminho, Verdade e Vida”.
Realça ele como sendo o objetivo específico da ação evangelizadora da Arquidiocese de São Paulo
evangelizar a cidade, promovendo a missão permanente, aprofundando e alimentando, em todos os agentes de pastoral, a organização da vida eclesial e a vocação missionária, para que transmitam a Boa Nova do Evangelho às pessoas, às comunidades e à sociedade, com criatividade, perseverança e destemor, e participem, assim, da construção do Reino de Deus.
Os Arautos do Evangelho, presentes ao evento, unem-se ao esforço global da Arquidiocese, atendendo ao apelo do Cardeal Hummes: “90% dos brasileiros foram batizados católicos, temos que buscar esses filhos afastados da Igreja… e evangelizar aqueles que foram batizados por nós”.
Solidariedade e serviço
Um primeiro destaque do Plano cabe à solidariedade e ao serviço aos irmãos:
Para os cristãos de hoje, a solidariedade continua a ser uma exigência irrenunciável, inseparável da fé no Deus Pai de todos. A Igreja em São Paulo, identificada com as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, coloca-se a serviço, em busca do Reino e de sua Justiça (cf. Lc 12,31).
Missões populares permanentes
O Plano demonstra especial empenho no “anúncio explícito de Jesus Cristo”.
Temos de criar e desenvolver entre nós católicos – lembra – uma “cultura missionária”, que permeie as celebrações, a formação dos sacerdotes, dos agentes de pastoral e dos fiéis, as pregações, as comunicações, a preparação aos sacramentos.
Enfatiza também que “a comunidade deve criar o hábito das missões populares permanentes, que se espelham na prática de Jesus”.
O importante tema do testemunho de comunhão também foi adequadamente lembrado.
O testemunho deve atingir os diversos espaços geográficos e o mundo da cultura, da família, do trabalho, da técnica, da política, da saúde, da educação, entre outros, pela presença de leigos comprometidos com a ação evangelizadora da Igreja (cf. LG, 31).
Assembleia litúrgica e oração
A assembleia litúrgica foi devidamente focalizada como
a manifestação mais expressiva – uma verdadeira epifania – da Igreja: mostra-a e revela-a.
A celebração litúrgica dá visibilidade à comunidade convocada e reunida pelo Espírito Santo para louvar o Senhor, alimentar a fé e celebrar a vida.
Pela liturgia – prossegue – a comunidade celebra a comunhão, manifesta sua fé, esperança e caridade, bem como recebe força e graça para a missão.
Exaltar a grandeza do Senhor também por meio de exercícios piedosos, orações (comunitárias ou individuais) e outras práticas devocionais gera e alimenta em cada membro da comunidade o encantamento pela comunhão eclesial. Este testemunho se constrói no dia-a-dia e deve ser continuamente alimentado.
E conclui: “A liturgia não é simplesmente a execução de ritos, mas a celebração do mistério da salvação”.