Saibam quantos esta carta de cativeiro virem, os anjos, os homens e todas as criaturas, como eu, o Padre José Vaz, me vendo e entrego como escravo perpétuo da Virgem Mãe de Deus.
Faço por doação livre, espontânea e perfeita, que o Direito chama irrevogável entre vivos, a minha pessoa e bens, para que de mim e deles disponha a sua vontade, como verdadeira Senhora minha.
E porque me acho indigno desta honra, suplico ao Anjo da minha guarda, ao glorioso patriarca São José, esposo amantíssimo desta Soberana Senhora, e santo do meu nome, e aos demais cidadãos celestiais, alcancem dela que me receba no número de seus escravos.
E por ser verdade, a firmo do meu nome, e quisera firmar com o sangue do meu coração. Feita na Igreja de Sancoale, ao pé do altar da mesma Virgem Maria Mãe de Deus, Senhora da Saúde, hoje, 5 de agosto de 1677.
José Vaz.