Encontrar-me com os Arautos do Evangelho foi uma bênção para mim. Porque os senhores estão me ensinando um caminho. Aliás, não somente para mim, mas também para as pessoas que conheço e que posso convidar a fazer parte dos Arautos do Evangelho.

De fato, seu exemplo, sua qualidade, seu desembaraço, é verdadeiramente um carisma especial para a Igreja, e algo que faltava na Igreja, algo de que necessitamos para refrescar a Igreja.

Temos de aprender a descobrir o que chamamos o sinal dos tempos. Os Arautos do Evangelho estão nos ajudando a redescobrir a beleza que nunca se perdeu.

Estava ali escondida e os senhores a estão resgatando para nós. Devo dizer: para nós, o resto dos leigos e, para nós, ministros da Igreja. De maneira que trato de descobrir uma bênção de Deus em sua presença, em meio ao mundo.

Hoje, lendo o jornal, encontrei uma notícia que me surpreendeu muitíssimo. Um jovem nos Estados Unidos, na cidade de Tampa-FL, pegou um avião, um Cessna, uma avioneta, e jogou-se contra um edifício. Ele, sendo americano, havia se declarado seguidor do líder dos terroristas, Osama bin Laden.

Um menino de quinze anos, um jovem solitário, uma pessoa que imagino sem Deus, sem a oportunidade de presenciar um rosto tão belo como este – da imagem de Nossa Senhora de Fátima, que preside a nossa reunião – e decide fazer aulas de aviação para, de repente, escapar de seu professor, pegar uma avioneta, e se suicidar.

No que sobrou da avioneta, encontraram uma carta em que se declarava seguidor daquele terrorista.

Eu dizia: por que temos jovens como esse e temos jovens como estes que estão diante de meus olhos agora? Qual é a diferença?

Porque nós podemos escolher sempre entre a luz e a obscuridade. É a liberdade que o Senhor nos deu. Ele nos disse: “São livres para construir o mundo”, e isso muitas vezes nos assusta.

Entretanto, para nos fortalecer nos momentos difíceis, possuímos Maria, que sempre nos diz: “Tenham confiança, tenham confiança!”

Se rezarmos, se trabalharmos, se nos esforçarmos, se pedirmos a Ele e a Ela que nos iluminem, é certo que vamos saber como atuar dentro da luz.

Aquele jovem suicida não foi o único que morreu daquele modo. Muitos outros estão morrendo levados pela loucura.

Mas muitos morrem espiritualmente e continuam caminhando nas vias das trevas. São os que eu chamo de “zumbis”. São jovens, sobretudo, que não sabem de onde vêm nem para onde vão.

Ora, é nossa tarefa, é nossa missão – mas em primeiro lugar dos senhores –, exatamente, ajudar a despertar de novo nos jovens o fervor, a devoção, o interesse pela vida.

Eles são, como que, mortos que caminham, de maneira que é muito grande a responsabilidade dos senhores: revitalizá-los! Não me cansarei nunca de afirmar isso!

Os senhores me perguntarão por que falo tanto dos jovens. Porque somente com os jovens poderemos mudar o mundo!

Como se muda? Com todos os métodos que os senhores já conhecem, existentes no seu Ordo de Costumes. Há outros na Escritura, outros na vida diária e outros ainda, sobretudo, nos exemplos.

Lembrem-se de que os senhores são exemplos vivos! As pessoas olham – e olham muito – para os senhores, porque os senhores têm o carisma de evangelizar.

Que Jesus e Maria Santíssima os ajudem a cumprir sua tarefa, sua missão no mundo.

Finalmente, quero expressar meu testemunho de gratidão a cada um dos senhores. Volto para a Colômbia vivamente impressionado pela experiência que tive nestes quinze dias aqui no Brasil.

A experiência que eu tive foi extraordinária, inteiramente à altura dos Arautos do Evangelho.

São tão numerosas as casas dos Arautos que, infelizmente, ainda não tive tempo de conhecê-las todas. Mas, as que conheci, me permitiram ter contato com pessoas muito inteligentes e muito amáveis.

Fizeram me sentir melhor do que na minha própria casa e aprendi muitíssimas coisas.

Tive a oportunidade de tratar com pessoas mais antigas, nos escritórios onde está toda a administração do movimento. Estive com os mais jovens, e até com alguns que parecem ter saído há pouco do kindergarten…

Estive também com outros que já estão na metade da vida; estive com todos.

Sinto, depois de tudo o que conheci e amei, que estou agora comprometido com essa obra. Sinto-me interiormente movido por graças muito especiais rumo a integrar-me nesse movimento.

Por ora, repito como Maria: “Faça-se em mim segundo a vossa palavra”.

Muito obrigado, e que Deus os abençoe.