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Plinio Corrêa de Oliveira


13 de novembro de 1938: Homenagem a D. Duarte Leopoldo e Silva
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 12/09/2019
 
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Em 1928, Dr. Plinio começara a militar nas fileiras do Movimento Católico sob a égide de D. Duarte Leopoldo e Silva, primeiro Arcebispo de São Paulo. No período inicial de seu apostolado, Dr. Plinio pôde conhecer muito de perto esse insigne varão eclesiástico, cuja personalidade marcara profundamente a vida religiosa da Arquidiocese. Por ocasião da morte do Prelado, ocorrida a 13 de novembro de 1938, Dr. Plinio rendeu entusiasmada homenagem a essa grande e exemplar figura da Igreja no Brasil:

“Ipse firmitas et auctoritas mea- É Ele (Cristo) minha firmeza e minha autoridade. Foi com esse lema ardente e galhardo como um canto de guerra, inscrito em seu brasão de armas, que se apresentou à sua nova diocese o Bispo Dom Duarte. O seu todo se harmonizava perfeitamente com o lema. Esguio, alto, de um porte majestoso, com as faces hieraticamente imóveis e lívidas, lábios finos e enérgicos, gestos comedidos e de uma impecável dignidade, o jovem Prelado parecia uma figura descida diretamente de algum nicho de catedral gótica, para governar a pujante e moderníssima diocese. (…)

O que, sobretudo, era admirável no arcebispo, era seu imperturbável equilíbrio. No início de sua vida episcopal em São Paulo, sua conduta retilínea e intransigentemente disciplinadora lhe valeu inúmeras adversidades. Mas ele continuou sempre imperturbável, sem se deixar intimidar pelas ameaças, nem arrastar por um mesquinho espírito de vingança. (…)

Ninguém, mais do que ele, foi implacável para com a impiedade insolente e revoltada. Mas desafio a quem me mostre, de sua parte, um só gesto de inclemência para com as almas humilhadas por uma sincera contrição. Ninguém, mais do que ele, foi cioso de sua autoridade. Mas desafio a quem me mostre uma única oportunidade em que se tenha prevalecido de seu cargo para obter manifestações de apreço a sua pessoa, ou benefícios para seu patrimônio particular. (…)

Dom Duarte nunca procurou a glória dos homens. Pelo contrário, parecia ter um prazer especial em esmagar qualquer desejo individual de popularidade, para cumprir inteiramente seu dever. (…)

Por isso mesmo, recebeu a glória eterna das Mãos d’Aquele que, com doçura infinita, disse um dia ‘ego ero merces vestra magna nimis — serei eu mesmo a vossa recompensa imensamente grande’.

Cristo foi a única recompensa que ele almejou. E ele a tem, agora, no seio da bem-aventurança eterna, por todos os séculos dos séculos, sem fim.” (Transcrito do “Legionário” nº 323, de 20/11/38)(Revista Dr. Plinio, Novembro/2003, n. 68, p. 5).

 
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