Cidade do México (Terça-feira, 14-01-2020, Gaudium Press) A Arquidiocese de Jalapa, no México, diante do perigo de que, no Estado de Veracruz, se aprove uma reforma do Código Civil que distorce e manipula o conceito de casamento, recordou que esta instituição é formada por “um homem e uma mulher”.
Casamento é a união de um só homem e de uma só mulher, recorda sacerdote. Foto: Gaudium Press |
Casamento é a união de um só homem e de uma só mulher
O diretor do Escritório de Comunicação Social da Arquidiocese de Jalapa, Pe. José Manuel Suazo Reyes, em seu comunicado dominical, destacou: “nos últimos dias foi anunciado que no próximo dia 31 de janeiro de 2020 será a votação para a reforma do Código Civil do Estado de Veracruz, na qual, entre outras coisas, pretendem mudar o conceito de casamento”.
O sacerdote recordou que o artigo 75 do Código Civil de Veracruz atualmente diz:
“O casamento é a união de um só homem e de uma só mulher que vivem juntos para realizar os fins essenciais da família como instituição social e civil”.
Advertência: uma contradição que beira o absurdo
O Pe. Suazo Reyes advertiu que “é desejável mudar a terminologia para que, em vez de dizer ‘a união de um homem e de uma mulher’, agora se diga ‘a união de 2 pessoas’, isso para dar espaço ao que os promotores desta iniciativa chamam de casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
“Com esta proposta está sendo promovida uma contradição que beira o absurdo.
Com iniciativas como essas, poderá se falar a partir de agora de ‘terremotos na lua’ e ‘hemorragias de água’. Os terremotos são apenas na terra e hemorragias são apenas de sangue”, advertiu o sacerdote mexicano.
Casamento é instituição natural: não é contra a natureza humana
O diretor do Escritório de Comunicação Social da Arquidiocese de Jalapa destacou que “a história e a tradição da humanidade nos ensinam que o casamento é uma instituição natural, pois não precisou da existência de nenhum Congresso, Senado ou Corte Suprema, tem uma natureza própria, finalidades específicas e propriedades essenciais, que um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo que seja reconhecido civilmente, nunca poderá alcançar”.
O sacerdote ainda ressaltou: “Você não pode chamar de casamento uma relação sócio-assistencial, sexual ou meramente afetiva”.
“O estado de Veracruz tem muitos problemas para resolver para se meter a legislar sobre um tema que não é uma demanda social notável, nem sequer prioridade em um pequeno setor da população. Isso mais parece uma obsessão de seus promotores para ficar bem com agendas alheias à sociedade mexicana”, disse.
Que intenções têm os promotores da Reforma?
“Em nome da ‘não discriminação’ e da ‘inclusão’, estão disfarçando suas verdadeiras intenções.
Este tema não pode se tornar uma caixa chinesa para distrair dos problemas não resolvidos no estado…”
Por isso o Pe. Suazo Reyes incentivou que “no estado de Veracruz sejam feitas leis com perspectiva de família, proteja-se o casamento e a viva humana desde sua concepção até sua morte natural, de outra maneira triunfarão caprichos pessoais, a imposição e deterioração da sociedade e dos valores”.
(JSG)