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Que importância tem as Missas privadas em tempos de pandemia?
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 20/03/2020
 
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Redação (Sexta-feira, 20-03-2020, Gaudium Press) Em dioceses de todo o mundo, as Missas públicas foram suspensas. Os Bispos indicaram aos fiéis que vivam a Missa pela internet e que a comunhão seja feita espiritualmente.

Que importância tem as Missas privadas em tempos de pandemia-FototAgora.jpg
Embora os fiéis não possam estar fisicamente presentes no templo
ao redor do altar, na celebração da Eucaristia em privado,
suas vidas também se unem ao sacrifício de Cristo.
Foto: Agora

Os Bispos têm pedido também para que os sacerdotes celebrem as Missas em privado.
Esta situação e as recomendações que dela decorrem tem grande importância e uma explicação aos fies torna-se necessária.

Em uma entrevista oferecida À ACI o Padre Leandro Bonnin, sacerdote da Arquidiocese do Paraná (Argentina), que trabalhou por vários anos como professor de liturgia, lhe foi pedido para explicar a importância da Missa particular e saber se é espiritualmente benéfica para os fiéis em geral.

Padre Bonnin disse à ACI que, “embora os fiéis não possam estar fisicamente presentes no templo ao redor do altar, quando um sacerdote celebra a Eucaristia em privado, todas as suas vidas também se unem ao sacrifício de Cristo e é entregue a Deus como hóstia, vítima e oferta”.

O sacerdote recordou que o primeiro benefício é “que suas vidas, através do sacrifício eucarístico, se unem ao sacrifício de Cristo e chegam à presença do Pai”.

“A Igreja não cessa de louvar ao Pai, não cessa de oferecer ao Pai a coisa mais agradável que tem, que é a entrega, amor, obediência de Jesus Cristo, seu eterno filho feito homem. Mas a Eucaristia também é o sacrifício da Igreja, que é a esposa que oferece o Filho ao Pai e oferece a si mesma junto a Cristo”, disse.

De alguma forma, do mesmo modo, “pode-se dizer que no altar, junto com o sacrifício de Cristo, vai toda a vida dos fiéis que se eleva ao alto”.

Padre Leandro afirmou que “em cada Eucaristia, além de adorar e pedir perdão, há intercessão”. E ele acrescentou ainda que é então “quando o sacerdote, sabendo que está na própria presença de nosso Senhor Jesus na forma de pão e vinho, pede ao Pai que, pelos méritos de Cristo, escute orações de toda a Igreja”.

Poder de intercessão, dupla realidade

“Em todas as Missas, pede-se pelo Papa, pelos bispos, por todos os homens de boa vontade, por todos os fiéis e pelos defuntos. Então, cada celebração tem em si mesma um poder de intercessão mais elevada que qualquer uma das demais formas devocionais que existem na Igreja”, assegurou Pe. Bonnin que continuou recordando:

“A Eucaristia tem uma dupla realidade, por um lado, é a presença e a atualização do sacrifício de Cristo; em segundo lugar, é um banquete com duas mesas: a mesa da Palavra de Deus e a mesa do Corpo e do Sangue do Senhor”.

Padre James Bradley

Também o Padre James Bradley, professor de direito canônico da Universidade Católica da América, concedeu entrevista à CNA, e explicou que os católicos participam da comunhão de Deus com a Igreja toda vez que é celebrada a Missa, estejam eles fisicamente presentes ou não:

“A Missa não é algo que o sacerdote faz como indivíduo privado. Ele o faz como ministro da Igreja, envolvendo-a. Cada Missa que se celebra, em qualquer lugar e em qualquer momento, é para todos os que fazem parte da Igreja”, afirmou ele.

Ainda na mesma entrevista, o Padre Bradley recordou “que os anjos e os santos estão sempre presentes em todas as celebrações da Missa” e que “toda a Igreja está presente na terra e presente no Céu”.

“Então, disse o Professor da Universidade Católica da América, em certo sentido, o sacerdote nunca está sozinho quando está de pé no altar. Está sempre rodeado pelas nuvens de testemunhas”.

A propósito dos problemas que o mundo enfrenta por causa do surto de coronavírus, Pe. Bradley recordou que ,”em primeiro lugar, a Igreja sempre quer cuidar do seu rebanho” e isso “significa que às vezes tem que fazer coisas que não queria fazer, mas que são necessárias”.

Encerrando sua entrevista Ele assegurou que a suspensão da Missa celebrada publicamente é, “em última instância, um ato de preocupação” e “bondade por parte do bispo”. “Está tentando proteger o seu rebanho e é uma circunstância extraordinária. Não é ceder, não é uma concessão à sociedade civil. É o bispo agindo responsavelmente seguindo o conselho da sociedade civil quando se oferece, quando apresenta uma lei razoável”, concluiu. (JSG)

 

 
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