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Plinio Corrêa de Oliveira


11 de dezembro de 1930: Formatura de Dr. Plinio
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 13/09/2019
 
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Dr. Plinio, no dia de sua formatura

A cerimônia de formatura de Dr. Plinio na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, foi uma de suas primeiras grandes vitórias apostólicas, por ele narrada diversas vezes, a fim de incutir em seus filhos espirituais uma inabalável confiança em Nossa Senhora.

Entrei na Faculdade de Direito com 17 anos. Portanto, muito jovem, e com não pequeno receio de me faltar a força necessária para enfrentar aquele ambiente. Lembro-me de que, ao me apresentar para a matrícula, sentia o coração batendo na garganta, prevendo que iriam caçoar de mim e de minha Fé.

Ora, eu não desejava ser alvo de zombarias, e muito menos que rissem da minha condição de católico apostólico romano. Pedi então a Nossa Senhora que me desse uma vigorosa disposição para vencer esses temores e fazer face às dificuldades que me aguardavam. E Ela, Mãe de Misericórdia que sempre me auxiliou e da qual tenho obtido incontáveis favores, atendeu-me de modo superlativo.

Quando terminei meu curso, a atmosfera interna tinha mudado: a velha Faculdade estava alisada e penteada no que diz respeito às relações com o Catolicismo.

Chegado o momento da formatura, criou-se uma Comissão para organizá-la. Um dos membros, antigo colega meu do tempo de menino, procurou-me muito amável, dizendo: “Plinio, a Comissão queria sugestões suas a respeito da parte religiosa da formatura”. Respondi-lhe: “Dou a vocês uma sugestão magnífica. Vamos fazer a Missa de formatura, não na Igreja, mas dentro da própria Faculdade. E eu trarei para fazer a homilia o pregador mais famoso do Brasil, um grande escritor jesuíta, Pe. Leonel Franca. Será uma Missa de formatura célebre!”

Com pasmo para mim, eles concordaram. No dia da formatura, quando chego na Faculdade, tive a maior surpresa de minha vida de estudante: haviam disposto estrados em torno do perímetro do pátio, com cadeiras de boa qualidade, para que todos os professores, trajando suas becas, assistissem à Missa. E alguns — para maior espanto meu — com um tercinho na mão.

Na hora da Comunhão, levantei-me para receber a Sagrada Eucaristia, junto com os da “Ação Universitária Católica”. Além desses, pensava eu que bem poucos nos acompanhariam. Porém, ergueu-se uma onda de rapazes da minha turma para comungar, havendo até um que fazia a sua Primeira Comunhão.

Desse modo, a festa de formatura foi celebrada com um sinal católico, como nunca se dera antes naquela Faculdade. O estabelecimento se transformara porque Nossa Senhora teve um filho que disse a Ela: “Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!”. O filho esperou n’Ela e não foi decepcionado.

Essa é a confiança na Santíssima Virgem, que a todos aconselho. (Revista Dr. Plinio, Dezembro/2003, n. 69, p. 5).

 
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