Florianópolis - Santa Catarina (Segunda-feira, 17-02-2014, Gaudium Press) Nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, a Igreja Católica celebra a festa de Nossa Senhora do Desterro. Esta invocação mariana também é considerada como padroeira de Florianópolis (Santa Catarina).
O sacerdote e historiador José Artulino Besen, contou à Gaudium Press um pouco da história da Arquidiocese de Florianópolis e o motivo pelo qual Nossa Senhora do Desterro se tornou a padroeira da cidade.
"A Arquidiocese de Florianópolis, foi erigida em 1927 e tem sua data de fundação em 1908, quando o Papa São Pio X criou a Diocese de Florianópolis, tendo como titular Nossa Senhora do Desterro, Padroeira da Catedral", explicou.
Em seu início a Diocese de Florianópolis abrangia todo o Estado de Santa Catarina, mas aos poucos foi subdividida, chegando ao número atual de 12 Dioceses.
Segundo o Padre José Artulino "o patronato de Nossa Senhora do Desterro deve-se à origem da primeira Igreja aqui organizada a partir da fundação de Francisco Dias Velho, em 1678. Com a criação da Paróquia, em 1713-1714, assumiu o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina".
Celebrar a festa da padroeira "significa que a comunidade foi colocada debaixo da proteção da Mãe de Deus, cujas virtudes procura imitar. No mundo altamente urbanizado como Florianópolis, as festas religiosas externas cedem lugar a momentos celebrativos".
Sobre a devoção à Nossa Senhora do Desterro, o sacerdote ensina que esta invocação celebra o mistério bíblico da Fuga da Sagrada Família para o Egito. "Toda vida humana é uma peregrinação em busca da segurança humana e cristã. Na atualidade, o Desterro recorda e toma consciência de tantas famílias e pessoas que deixam suas comunidades em busca de locais seguros onde possam ganhar o pão de cada dia. Nosso mundo - Brasil, África especialmente - é um mundo de migrantes, de refugiados da guerra, da violência, da fome. Para Florianópolis, é também o momento de recordar os portugueses, açorianos, negros e índios que para ela vieram a partir do século XVI, concluiu.
Por Emílio Portugal Coutinho