Paris - França (Quarta-feira, 14-06-2017, Gaudium Press) O Padre Emmanuel Coquet, Subsecretário geral da Conferência de Bispos da França, expôs ao 'Le Figaro' suas impressões sobre um marcado aumento dos exorcismos no país. Em todo o território, se recebem por ano cerca de 2.500 pedidos de fiéis, os quais "requerem um autêntico trabalho de discernimento" e que recebem da Igreja o acompanhamento devido a situação de sofrimento que padecem.
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O número de ritos de exorcismo registrados pelo sacerdote segue sendo aparentemente pequeno, mas tem uma clara tendência ascendente. Há dez anos se apresentavam cerca de 15 casos por ano e hoje se registram por volta de 50 exorcismos anuais. "Há um claro aumento", destacou o presbítero. "Os exorcistas estão impactados de ver que o fenômeno está se estendendo mais e mais".
A Igreja raramente decide realizar o Rito de Exorcismo, também chamado "Exorcismo Maior", e o faz uma vez se estabelece através da assessoria com especialistas que a pessoa não padece um transtorno médico que justifique os sinais reportados. O Bispo é em princípio quem exerce o ministério do exorcismo, mas frequentemente os casos são delegados a sacerdotes preparados especialmente para o ministério. Os exorcismos contam com um elaborado ritual que inclui leituras da Sagrada Escritura, ladainhas, orações, imposição de mãos e sacramentais, assim como a fórmula de exorcismo.
Durante os ritos de exorcismo frequentemente se revela a presença do demônio através de expressões preternaturais. "Pode ser que a força da pessoa se incremente de repente dez vezes mais", assinalou o Padre Coquet como exemplo, ao que somou as reações de repulsa diante dos símbolos sagrados ou o falar fluentemente uma linguagem desconhecida. "Depois do exorcismo vemos genuínos apaziguamentos, libertações e curas interiores", concluiu. "Tudo isto é muito rela, não é inventado". (EPC)