Encontrava-se um cartuxo, certa vez, cavando no exterior do seu convento quando, inesperadamente, deparou-se com um vulto.

Era o corpo de um monge ali enterrado fazia muito tempo, mas que se conservava incorrupto, como se estivesse vivo, a ponto de haver jorrado sangue fresco dele quando o irmão bateu-lhe com sua pá.

Cheio de emoção, o religioso correu para comunicar o milagre ao padre superior, o qual, sem perder a serenidade, lhe disse: “Voltai a fechar a cova”.[1]

Tal episódio, que chegou até nós conservando o anonimato de seus protagonistas, bem poderia ter-se dado na Cartuxa onde …