Chegara, por fim, o tão esperado dia do milagre prometido, na sexta e última aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos. Ia avançado o outono.
A manhã era fria. Uma chuva persistente e abundante tinha transformado a Cova da Iria num imenso lamaçal, e parecia ensopar até os ossos da multidão de cinquenta a setenta mil peregrinos que ali se apinhava e havia acorrido de todos os cantos de Portugal.[1]
“Abrindo as mãos, fê-las refletir no sol”
Por volta das onze e meia da manhã, aquele mar de gente abriu passagem aos três videntes que se aproximavam, …