Queridos amigos, desejo agora, antes de tudo, saudar os jovens universitários, que são tantos – grato pela vossa presença –, os professores e todos vós que viestes hoje tão numerosos à Praça de São Pedro, para participar na oração do Ângelus, e para expressar-me a vossa solidariedade.

É belo ver esta comum fraternidade da fé, agradeço-vos isso.

Dirijo também um pensamento de saudação aos muitos outros que se unem a nós espiritualmente. Agradeço-vos de coração, queridos amigos; agradeço ao Cardeal Vigário, que se fez promotor deste momento de encontro. 

Como sabeis, tinha aceitado com prazer o gentil convite, que me foi dirigido, para intervir na quinta-feira passada na inauguração do ano acadêmico da Sapienza – Universidade de Roma e preparei com grande alegria o meu discurso.

Conheço bem esta Universidade, estimo-a e sinto afeição pelos estudantes que a frequentam: todos os anos, em várias ocasiões, muitos deles vêm encontrar-se comigo no Vaticano, juntamente com os colegas de outras universidades. 

Infelizmente, como se sabe, o clima que se criou tornou inoportuna a minha presença na cerimônia. Anulei-a, contra a minha vontade, mas quis, contudo, enviar o texto, que tinha preparado nos dias seguintes ao Natal, para essa ocasião.

Ao ambiente universitário, que durante longos anos foi o meu mundo, liga-me o amor pela pesquisa da verdade, pelo confronto, pelo diálogo franco e respeitoso das posições recíprocas.

Tudo isto é também missão da Igreja, comprometida a seguir fielmente Jesus, Mestre de vida, de verdade e de amor.

Como professor emérito, por assim dizer, que se encontrou durante sua vida com tantos estudantes, encorajo a todos vós, queridos universitários, a respeitar sempre as opiniões dos outros e a procurar, com espírito livre e responsável, a verdade e o bem.

A todos e a cada um renovo a expressão da minha gratidão, garantindo-vos o meu afeto e a minha oração. 

 

Palavras depois do Ângelus de 20/1/2008.