Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Artigos


Artigos


6 símbolos de Maria na Bíblia
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 20/08/2022
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
2
0
 

Santa entre todas as mulheres

Nossa Senhora é a figura central da História, ao lado de Seu Divino Filho. São Pedro Julião rezava: Sagrado Coração de Jesus e Maria. Se muito foi contemplado o Filho em figuras bíblicas, é correto achar que também haja símbolos da Mãe nas páginas santas? Confira aqui conosco 6 símbolos de Maria nas Sagradas Escrituras que você não sabe.Símbolos de Maria

Sete colunas

No livro dos Provérbios, o inspirado escritor nos fala que Deus construiu o mundo sobre sete colunas: “A Sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas.” (Pr 9,1). Conhecido como a Sabedoria Encarnada, quis Jesus vir ao mundo não glorioso como um herói mitológico, mas frágil e desarmado como uma criancinha. Sendo Deus, Ele pôde ter uma vantagem que nenhum de nós tem: escolher sua própria Mãe, dotando-a de todas as capacidades e graças que um dia vieram e viriam sobre a humanidade. Essa foi Maria Santíssima, Rainha dos homens e dos anjos. De acordo com São Luís Grignion, poderíamos dizer que Deus juntou todas as águas e as chamou mar; ajuntou todas as graças e a chamou Maria.

Nossa Senhora foi edificada sob sete colunas, tornando-se Ela mesmo sinônimo destas: em alguns lugares vemos serem os sete dons do Espírito Santo – Sabedoria, Ciência, Inteligência, Conselho, Piedade, Fortaleza e Temor de Deus – enquanto outros autores glosam sua base sobre as sete virtudes, três teologais – fé, esperança e caridade – e quatro cardeais – prudência, temperança, justiça e fortaleza.

De qualquer modo, sejam quais forem essas sete colunas, Nossa Senhora detém o título de Mãe da Divina Graça, o que faz d’Ela dispensadora dos dons divinos. Sendo virtuosa e dotada de dons, sua distribuição maternal sempre nos beneficia.

Belo íris celeste

Arco-írisTodos sabemos que, após Deus contemplar a humanidade perdida em seu próprio pecado e viciada na feiura e desonra, Ele não teve outra opção a não ser fazer uma divina limpeza. Assim, escolheu Noé e sua família para construírem uma enorme arca a fim de continuar a levar a promessa do amor de Deus após o dilúvio. Noé, após os quarenta dias de chuva, envia as pombinhas para terra e entende ser o fim do castigo e o começo de uma nova era de fidelidade, que Deus alicerça com um arco-íris.

Esse arco colorido no céu é um dos símbolos de Maria pois foi Ela também a marca da promessa que Deus faria com a humanidade: para aqueles que a viram pequenina, sabiam ser tão especial que o Senhor teria algum desígnio sobre Ela. Como já tinha sido preparada no ventre materno com tantas graças e dons, Nossa Senhora carregava, mesmo criança, a reconciliação de Deus com os homens.

Raquel ao Egito deu prudente governador, José

Jacó foi filho de Isaac e neto de Abraão, aquele com o qual Deus fez sua promessa. Portanto, carregava a bênção de gerar um povo que seria mais numeroso que as estrelas do céu e as areias da praia. Porém, quando ainda jovem, Jacó teve que fugir de seu irmão Esaú que o perseguia, e, morto seu pai Isaac e sem ter quem o defendesse, Jacó foi se abrigar sob o teto de um parente distante, Labão.

Este tinha duas filhas, uma chamada Lia e outra Raquel. Jacó, solicitando trabalho a seu sogro, pediu a mão de Raquel em casamento, mas Labão queria respeitar a ordem de primogenitura: Lia se casaria primeiro, e depois de sete anos, Jacó poderia desposar também Raquel. Assim foi feito: de Lia nasceram 10 filhos, e de Raquel 2. Esses são os 12 filhos de Jacó, que ficou sendo chamado Israel: e deles se originaram as 12 tribos. O primogênito de Raquel se chamava José, e ele tinha o dom de interpretar os sonhos. José é vendido pelos irmãos e acaba parando no Egito, tornando-se o vice-rei, ao lado do faraó, por desvendar o sonho das sete vacas magras.

Nossa Senhora também é uma outra Raquel, pois seu Filho não se tornou somente governador do Egito, mas sim Senhor da Terra inteira; venderam-no por fazer somente o bem; e desvendou a aflição dos que vieram antes dele na Mansão dos Mortos, abrindo as portas do Paraíso Celeste.

Sarça ardente

sarça ardenteEste episódio da vida de Moisés é bem claro nas Escrituras. O homem de Deus, ainda sem saber os desígnios do Senhor a seu respeito, vai atrás de uma ovelha que tinha escapado de seu rebanho. Quando dá por si, presencia um grande milagre: uma sarça queimava sem se consumir. Além disso, o profeta ouve uma voz que lhe diz: “Moisés, tira o seu calçado, pois a Terra que tu pisas é santa”.

O símbolo da sarça ardente é Maria que, mesmo sendo Mãe, continua Virgem. É a mesma contradição natural que impressiona: sua maternidade não rompe sua virgindade, como o fogo não consumia o lenho da sarça. A terra santa que Moisés não deveria pisar calçado, isto é, revestido do pecado, é a terra fecundíssima do ventre materno de Maria que daria à Luz ao Salvador e que nenhum homem tocaria.

Favo do forte Sansão

Sansão foi um dos homens mais fortes da História. Quando era pequeno, enquanto caçava, o menino já fortíssimo se depara com um leão, que o ataca com selvageria. Ali se travou uma luta de iguais, pois tanto o animal quanto o menino lutaram com tudo o que possuíam. No final, Sansão vence o Leão, matando-o. Quando checa o corpo sem vida de seu inimigo, percebe que algumas abelhas circundam a bocarra do animal. Ao se aproximar, percebe que havia um favo de mel onde deveria estar um dos dentes do leão.

Sansão não entendeu o que aquilo significava, mas hoje sabemos nós que aquele favo de mel era um dos símbolos de Maria, que num mundo de selvageria e violência seria a única a nascer puríssima. Este fato denota sua Imaculada Conceição, um dom que a humanidade só entenderia séculos à frente.

A bela Abigail

Nossa SenhoraEnquanto Davi fazia suas incursões por terrenos inimigos, alguns deles, vencidos, aceitavam pagar uma parte dos tributos para continuarem a reinar em sua região. Davi não via problema em aceitar tal ato, e ainda os estimulava a fazer isso, já que para ele valia mais a misericórdia que o sacrifício. Mas eis que um governante, que por sinal tinha certo parentesco com Davi, começa a zombar do Rei de Israel e se pronunciar contra o pagamento dos tributos. Mesmo tentando uma reconciliação, o Rei Davi não consegue chamar o seu inimigo à razão. Determinado a suprimir a rebelião que se formava, se dirige com seu exército às tendas do governante para colocar ordem e punir o malfeitor.

Porém, a filha do regente, chamada Abigail, entendendo que seu pai não teria poder para confrontar um exército, e que por seus atos zombeteiros ainda iria condenar a vila toda ao extermínio, se mune de oferendas e vai ao encontro de Davi. Diante do Rei, se prosterna e se entrega como uma serva para que o israelita poupasse seu velho e senil pai. Davi fica tão impressionado com a generosidade, empenho e inteligência de Abigail que a toma como esposa.

Assim também faz pela humanidade Nossa Senhora. Por nossos pecados acendemos a ira de Deus contra nós, e, ao invés de pedirmos perdão, somos mais mal-educados. Maria Santíssima, porém, encontra o Rei tal como Abigail, e o acalma com sua santidade. É por sua intercessão que somos salvos, e por isso devemos ser imensamente gratos por ser Ela nossa advogada.

São só 6 símbolos de Maria na Bíblia?

De modo algum; tanto Jesus quanto sua Mãe Santíssima têm outros tantos símbolos e sinais que os prefiguravam. Poderíamos dizer como São João no fim de seu evangelho: “Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” Saibamos, nos símbolos de Maria, reconhecer a imensa grandeza d’Ela, e a louvemos de coração sincero e puro.

 
Comentários