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A Imaculada Conceição da Virgem Maria - Data: 05 de Dezembro 2021
 
 
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"A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.  Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas". (Lc 1, 47-48)

A devoção à Nossa Senhora Imaculada começou há tempos na Santa Igreja. Mas este privilégio só foi definido como dogma, ou seja, como uma verdade da fé, em 1854. A partir disso, todo cristão deve crer na Imaculada Conceição da Virgem Santíssima.

O que é a Imaculada Conceição

Antes de tudo, precisamos entender o que significa uma Conceição Imaculada. Não é que Nossa Senhora foi limpa do pecado original assim que nasceu: isto acontece conosco, no batismo. Com Ela foi algo bem mais sublime.

Ser concebido imaculado é o mais alto dom divino dado a uma criatura humana: quer dizer que, no instante, se assim podemos dizer, em que Deus pensou em Maria Santíssima, ele já a reservou do pecado.

Se fôssemos falar em termos humanos, Deus sabia da encarnação de seu Filho, e sabia que precisava de um templo puríssimo, perfeitíssimo, um corpo humano onde Ele pudesse estar inteiramente à vontade. Assim que “cogitou” isso, Deus constituiu Maria em seu pensamento, sem pecado original.

Deste modo, no encontro entre as células reprodutivas de São Joaquim e Sant’Ana, no ato de conceder à vida, no instante em que aquele pequeno zigotinho, a primeira célula humana surgiu, Maria, Ela estava imune do pecado.

O que representa para Nossa Senhora?

Agora que entendemos bem a excelência da Imaculada Conceição, o que isto representou para a pessoa de Maria? No que Ela era diferente de nós, concebidos em pecado?

Em primeiro lugar, seu intelecto e vontade estavam a serviço da fé, ordenados, diferentes dos nossos. Muitas vezes deixamos de cumprir nossos deveres por preguiça ou procrastinação. Isso não existia em Nossa Senhora, mesmo em sua mais tenra idade.

Por outro lado, ninguém sentiu tão profundamente como a Mãe de Deus. Nossos sentidos estão atrofiados, alguns hipersensibilizados, outros anestesiados, pelos inúmeros pecados que acabamos cometendo.

Com a Virgem Maria, tudo era perfeitamente sentido e processado. Seja o amor por uma criatura de Deus, um pequeno passarinho, ou a dor de uma ingratidão injusta: Nossa Senhora, sendo imaculada, traz a perfeição humana em todos seus aspectos.

Um outro detalhe era a fé com que enxergava a realidade. Como um ser pecador, o homem procura tampar certas verdades que lhe incomodam. Os sinais de Deus, tão claramente postos diante de nós, são negados por intelectuais caprichosos. Com Maria Santíssima, desde cedo, foi diferente: Ela percebeu a ordenação perfeita das criaturas e logo entendeu o Criador que estava por detrás, e creu com amor, entregando-se logo que pôde.

Comprovação desta verdade de fé

O dogma é uma verdade de fé autenticamente comprovada por estudos e pela tradição, pelo povo de Deus que em diversas épocas se mantém afirmando uma verdade. Assim, desde Santo Irineu e Santo Ambrósio, nos primeiros séculos, passando por São Tomás e São Boaventura no século XIII, o corpo visível de Cristo professa a magnanimidade de Nossa Senhora em ser Imaculada.

Além disso, a própria Virgem Santíssima a isto atestou: em Lourdes, em 1858, apenas 4 anos depois da proclamação do dogma, numa época sem televisão, sem rádio, com pouca mídia internacional, uma jovem analfabeta, de 14 anos, que morava num calabouço abandonado, Santa Bernadete, diz que Maria lhe havia dito: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Uma curiosidade: no Brasil, nossa padroeira é Nossa Senhora da Conceição Aparecida, pois a imagem milagrosa encontrada é de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. O dia 8 de dezembro é, portanto, aniversário também de nossa padroeira, sendo, isto sim, uma bênção para toda a nação.

 
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