Cidade do Vaticano (Terça-feira, 07/06/2016, Gaudium Press) – Como já havia sido anunciado desde alguns meses atrás, a Beata María Elisabet Hesselblad e o Beato Estanislao de Jesus e Maria deveriam ser canonizados no dia 05 de junho. E a canonização aconteceu no último domingo.
A cerimônia foi realizada na Praça São Pedro diante de uma multidão de fiéis e devotos sendo presidida pelo Papa Francisco.
Na homilia que o Santo Padre pronunciou na ocasião, ele tratou da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e aplicou suas palavras aos dois Beatos e, agora novos santos, que eram canonizados:
“Esta foi a experiência de Estanislao de Jesus Maria e de Maria Elisabet Hesselblad, que agora são proclamados santos: permaneceram intimamente unidos à paixão de Jesus e neles foi manifestado o poder da ressurreição”
Ternura de Deus encarnada
O Papa explicou que Deus não permanece impassível diante da morte das pessoas porque Ele mesmo experimentou o que é morrer: Também Ele compadece com quem chora a morte de um ser querido, como a viúva de Nain que perdeu seu filho:
“Jesus pede para si nossa morte, para livrarmos dela e darmos a vida, disse Francisco, e esse jovem de fato se despertou, como de um sonho profundo, e começou a falar. E Jesus “o devolve a sua mãe”.
Não é um mago. É a ternura de Deus encarnada, n’Ele opera a imensa compaixão do Pai”.
Santo Estanislao
Santo Estanislao de Jesus e Maria fundou a Congregação dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, a primeira ordem religiosa fundada na Polônia e a primeira Ordem masculina dedicada à Imaculada Conceição.
Hoje em dia a Ordem fundada por ele conta com cerca de 60 casas em 10 países e 500 membros, dos quais, 345 são sacerdotes.
Ele sempre teve grande fama de confessor e pregador. Foi ainda capelão das tropas polonesas durante a guerra contra a Turquia, na Ucrânia, em 1674.
Maria Elisabet Hesselblad
Santa Maria Elisabet Hesselblad nasceu na Suécia em 1870 em uma família luterana. Ela converteu-se ao catolicismo após os 18 anos e logo depois passou a dedicar sua vida no trabalho de apostolado junto aos cristãos não católicos, especialmente no norte da Europa.
Tornou-se religiosa e refundou a ordem brigidiana chamada Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida.
Elisabet passou pelas agruras da II Guerra Mundial enquanto vivia na Cidade Eterna. Em seu convento deu refúgio a dezenas de pessoas perseguidas e ocultou muitos judeus. O trabalho de sua obra nesta ocasião valeu-lhe o reconhecimento dos que ela ajudou e o título de “Justa entre as Nações”, oferecido pela comunidade judaica em reconhecimento pela proteção a seus membros durante a perseguição nazifascista. JSG