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Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé explica sobre o estado de saúde do Papa
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 24/06/2014
 
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Cidade do Vaticano (Terça-feira, 24-06-2014, Gaudium Press) Devido a inúmeras notícias emitidas pela imprensa sobre o estado de saúde do Papa Francisco, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, explicou, em entrevista à Rádio Vaticano, os motivos da situação atual do Santo Padre e o por que teve de cancelar ou reduzir a quantidade de eventos em sua agenda papal.

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O sacerdote disse ao veículo de comunicação Vaticano que as especulações não tinham sequer fundamentos e eram desprovidas de razão, uma vez que a mesma situação aconteceu no ano passado, em que não houve as missas da manhã durante todo o mês de julho e de agosto, assim como as audiências gerais durante todo o mês de julho, sendo depois suspensas também durante o mês de agosto pelo fato de haver poucas inscrições.

“Então isso é normal, não há nenhum motivo particular de saúde do Papa. Aproveito para recordar que também seus predecessores faziam o mesmo tipo de redução dos compromissos durante o período do verão. João Paulo ia para lugares de montanha durante o mês de julho e não fazia nenhuma audiência geral. Também Bento XVI ia para Castel Gandolfo, e as audiências gerais eram suspensas durante o mês de julho. Portanto, se trata de algo absolutamente normal feito pelos predecessores”, disse.

Padre Lombardi reforçou que “uma redução dos compromissos do Papa é também uma redução do trabalho de seus colaboradores”, pois ele “não está sozinho no Vaticano ou na Igreja” e toda iniciativa vinda do Pontífice envolve muitas pessoas que trabalham em função de seus compromissos, desempenhando diversos serviços relacionados as suas atividades.

“O Papa sabe que também essas pessoas precisam repousar de vez em quando. O Papa e seus colaboradores devem ter um ritmo humano de trabalho. É justo que, durante o período de verão, haja uma redução dos compromissos.”

Quando perguntado sobre algum motivo de saúde que teria levado o Santo Padre a desmarcar algumas de suas participações em eventos, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé rechaçou qualquer possibilidade de doença ou algo similar, reiterando apenas ser a diminuição do ritmo de trabalho devido o cansaço acumulado ao longo de um ano de pontificado.

“É algo absolutamente normal e não há nenhum motivo de saúde. Noto que o Papa Francisco decidiu, como no ano passado, permanecer na Santa Marta durante o verão. Não ir para fora de Roma, mas ter um período com menos compromissos públicos que lhe permite fazer outro tipo de trabalho, de reflexão, de oração, com um ritmo mais calmo, mas também que lhe permite pensar, escrever”, ressaltou.

Além disso, o Padre Lombardi esclareceu que este tempo está sendo muito proveitoso ao Papa, para que ele se dedique ao desenvolvimento de novos documentos, como fez com a exortação apostólica de sua autoria, a “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho).

“Agora, sabemos que está sendo preparada uma nova Encíclica, da qual falou, sobre a proteção da criação, sobre a ecologia. Há inúmeros empenhos importantes do Papa para o próximo outono, há o Sínodo sobre a Família, outras viagens. Há pouco anunciou a viagem à Albânia. Depois há viagem à Ásia e assim por diante”, lembrou.

O sacerdote reafirmou que os compromissos são numerosos e também a preparação para esses empenhos requer um bom período de concentração, sendo o verão deste ano o tempo ideal para isso.

“Portanto, não é certamente um tempo ‘vazio’, é um tempo ‘cheio’, mas de maneira diferente, sem os compromissos públicos que caracterizam a agenda normal: não há audiências a chefes de Estado ou a outras grandes personalidades. Não há as grandes audiências na Praça no mês de julho, porém o Papa igualmente trabalha, reza, estuda, escreve e encontra pessoas como faz habitualmente.”

O Padre Lombardi aproveitou a ocasião da entrevista para fazer mais uma observação:

“Gostaria de acrescentar outra pequena consideração: houve dias em que o Papa suspendeu algumas audiências previstas e as adiou para outro momento. Isso aconteceu porque havia naquele dia um motivo para descansar um pouco, devido a uma leve indisposição ou outra razão. Também isso deve ser considerado absolutamente normal para uma pessoa que tem um ritmo de atividade incrível, como o Papa tem, que trabalha de manhã, à tarde, quase sempre sem interrupção. Portanto, se ele tira um momento de repouso, naturalmente deverá mexer ou adiar alguns dos compromissos assumidos. Mas isso é absolutamente normal.”

Finalizando, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé rememorou os próximos compromissos assumidos pelo Papa Francisco, como a viagem pastoral a Redipuglia, localizada norte da Itália, a viagem à Albânia, o Sínodo sobre a Família, no próximo mês de outubro, a celebração para os novos santos canadenses, junto com a beatificação de Paulo VI, e as canonizações que previu para o mês de novembro.

“Não existem absolutamente elementos que deem a ideia de uma pessoa cansada ou doente. Estamos diante de uma pessoa que nos impressiona continuamente pela intensidade de seus compromissos, da sua vida, da sua vivacidade espiritual”, concluiu. (LMI)

 
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