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Em artigo, Arcebispo de São Paulo repudia atos terroristas na França
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 18/11/2015
 
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São Paulo (Quarta-Feira, 18-11-2015, Gaudium Press) Nestes últimos dias, a França sofreu com os inesperados ataques terroristas, que provocaram a morte de centenas de pessoas próximas ao Stade de France. O acontecimento acabou instaurando um sinal de alerta às autoridades governamentais e eclesiásticas de diversos países.

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Sobre esse assunto, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, comentou em artigo de sua autoria publicado no jornal arquidiocesano “O São Paulo” o impacto gerado no mundo por conta deste lamentável episódio.

“Não aconteceu por alguma ação oculta e imponderável de amuletos mágicos, mas pela ação humana, fria, estudada e calculada, para semear, pânico morte e dor pela cidade. A apreensão tomou conta de todo o mundo”, disse.

Segundo Dom Odilo, “o terrorismo tenta justificar suas ações contra cidadãos comuns indefesos e desprevenidos com argumentos inaceitáveis”.

“‘Luta contra o mal, em nome de Deus’: de qual Deus? A violência praticada, supostamente, em nome de Deus, é um grave e inaceitável equívoco; é uma pesada blasfêmia e ofensa a Deus, como definiu o Papa Francisco. Não se honra a Deus, fazendo o mal ao próximo”.

Para o purpurado “essa instrumentalização do nome de Deus aparece com frequência para justificar atos de intolerância e terror”, uma vez que “o uso da religião como ideologia política para a busca do poder e da dominação é altamente reprovável”.

Em seguida, Dom Odilo faz um desabafo: “vingança e ódio não são formas civilizadas para resolver tais pendências; o caminho deve ser o da justiça, da negociação política, da reparação, da reconciliação e do perdão”.

“As alegações religiosas para a violência, geralmente, decorrem de interpretações equivocadas e fundamentalistas de textos sagrados. Por isso, cabe às religiões e suas organizações a promoção de uma adequada formação religiosa, que não leve à instrumentalização fundamentalista e ideológica dos princípios e sentimentos religiosos das pessoas. Tais sentimentos são muito profundos e relacionados com a consciência das pessoas”, acrescentou.

Finalizando, o Cardeal alegou que “o convívio humano não pode ser movido por sentimentos de ódio e desejos de vingança, que não são formas aceitáveis e civilizadas para aplacar ofensas ou injustiças sofridas”, sendo que “esses impulsos negativos da alma humana são destrutivos e podem se tornar verdadeiros vícios e marcas da personalidade, se não forem colocados sob disciplina da vontade e da consciência moral”.

“As tendências à agressividade e à violência precisam ser orientadas para a prática das virtudes da tolerância, do respeito ao próximo e à capacidade de perdoar”, concluiu. (LMI)

 
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