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O reinado social da Eucaristia
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 20/08/2014
 
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Redação (Terça-feira, 19-08-2014, Gaudium Press) A Igreja Católica, que celebra permanentemente o mistério eucarístico, tem presença até nos lugares mais distantes e desprotegidos do planeta. Se adora ao Senhor na Sibéria, sob impulso da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu, depois de mais de sete décadas deEucaristia.jpg ateísmo forçado e de perseguição religiosa; Ele é adorado no Nepal, graças à presença dos missionários jesuítas em meio as violentas perseguições de extremistas indus; Ele é adorado na Síria, onde residem comunidades cristãs antiquíssimas que sofrem hoje dos estampidos dos inclementes bombardeios; Ele é adorado em Ruanda, na África, sobrecarregada por conflitos étnicos intermináveis, graças, entre outros, aos mosteiros carmelitas ali presentes; Ele é adorado até na Antártida, continente gelado do confim do mundo, na capela da base militar Esperança, a qual Francisco obsequiou recentemente seu solidéu.

A Eucaristia propicia não só a existência dessas comunidades orantes, mas lhes dá força e as multiplica. Seria interessante fazer um elenco de lugares no qual se adora ao Senhor em meio às hostilidades de diversas índoles, para sacudir nossa apatia acomodada, que tantas vezes nos freia em nosso ideal de fazer companhia ao Senhor, sendo que temos muitas facilidades para fazê-lo.

A partir do planalto boliviano, coração da América do Sul, nos vem uma repercussão digna de nota. É um escrito do blogueiro da Infocatólica German Mazuelo publicado no jornal “La Patria de Oruro” e reproduzido pelo boletim “Iglesia Viva” dos Bispos daquele país andino. A notícia nos chega através da Agência Gaudium Press de São Paulo, Brasil. A redação da nota é concisa, precisa e chama a atenção. Por isso não fazemos mais do que transcrevê-la. Sua leitura será frutuosa, pois vale por uma meditação:

“La Paz – Bolívia (Quarta-feira, 25-06-2014, Gaudium Press) Igreja Viva, informativo da Igreja Católica na Bolívia, destacou o chamado realizado através de um artigo de opinião no diário La Patria, que propõem o reinado social da Eucaristia, através do retorno a profunda devoção dos crentes, diminuída nos anos recentes pela exaltação do homem sobre as realidades sagradas.

“Jesus é adorado por aqueles que lhe amam de verdade”, recordou Germán Mazuelo, autor do texto. “Dia e noite o adoram os anjos. O adoraram os pastores e os magos. O adoraram Maria de Betânia e a pecadora perdoada. O adoraram os santos e os mártires de todos os tempos”. Para o redator, o descuido dos fiéis deste fundamental dever de adoração é obra do maligno, que “não cessa de trabalhar para desviar a adoração”, e que conseguiu enganar aos homens para buscar uma só sociedade cada vez mais distante de Deus.

O redator denunciou as fortes tendências secularizantes, que atacam diretamente a Igreja, e que pretendem substituir a Deus com uma imagem exagerada do homem. “O coração humano foi criado para adorar a Deus”, afirmou o colunista. “Se alguém decide auto-adorar-se, ou adorar a qualquer outra pessoa ou coisa, não terá satisfação e é infeliz”. Por este motivo, denunciou a gravidade do erro daqueles que reduzem o valor do Sacramento da Eucaristia e o vem como uma simples assembleia de crentes.

“Se a Missa se converte em uma celebração ‘horizontal’, imanente, sem transcendência, o sacrifício de Jesus se volta então somente uma ideia, e, quando a relação dos fiéis com a Santíssima Eucaristia se debilita ou desaparece, se perde também a vida divida nos crentes”, alertou Mazuelo. Esta perda afeta todas as realidades e “só pode ser sanada pela mesma Eucaristia, porque o cristão que na Eucaristia foi transformado em corpo de Cristo, o leva em si mesmo e desse modo o introduz ao mundo”.

O redator recordou as palavras do Papa Pio XI em sua Encíclica Quas Primas, que descreveu o efeito restaurador da festa litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo. “Quando veio o resfriamento na reverência e o culto ao Santíssimo Sacramento, se instituiu a festa do Corpus Christi, para que com a solenidade das procissões públicas e as orações prolongadas durante toda a oitava seguinte se reaviva-se nos fiéis a adoração pública do Senhor”, afirmou o Pontífice.

Mazuelo recorda que no mesmo documento o Papa descreve as características da origem do reinado de Cristo, por sua natureza divina, e pela conquista graças a seu sacrifício redentor. Por este motivo recorda o chamado de São Pedro Julião Eymard que diz que na “Divina Eucaristia está a vida e medida de sua Fé, de sua caridade e de sua virtude. Que chegue portanto cada vez mais o reino da Eucaristia; demasiado tempo reinou já sobre a terra a impiedade e a ingratidão!”.”

* * * * * *

Ação de graças ou ingratidão: ‘That is the question’. Uma terceira via, que muitos cristãos pretendem seguir, é desastrosa porque tem parte com a impiedade.

Não será a fidelidade de adoradores perseguidos e valente o que acabará comprando para o mundo o anelado reinado social da Eucaristia?

Por Padre Rafael Ibarguren EP
Assistente Eclesiástico das Obras Eucarísticas da Igreja

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho.

 
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