São Tomé foi Apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Era pescador, natural da Galileia e conhecido também como Dídimo, que quer dizer “gêmeo”.
Era um homem de personalidade franca e não vacilava em questionar Jesus caso tivesse alguma dúvida – o que, por sinal, dava ocasião a respostas maravilhosas do Divino Mestre.
A presença de São Tomé na Bíblia
São três as grandes passagens do Apóstolo São Tomé nas Sagradas Escrituras.
A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judeia e acudir Lázaro.
Os Apóstolos tentam impedi-Lo de Se arriscar, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Porém, o Dídimo intima os demais: “Então vamos também e morramos com Ele!”
Na segunda passagem, durante a Última Ceia, quando Nosso Senhor afirma que irá preparar-lhes um lugar a fim de que estivessem com Ele, pois conheciam o caminho para onde iria, não hesita em perguntar: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” (Jo 14, 5).
E para atender o pedido do fogoso discípulo, Jesus formula uma das mais belas explicações teológicas a respeito de Si mesmo que podemos encontrar nas Sagradas Escrituras:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já O conheceis, pois O tendes visto (Jo 14, 6-7).
E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do Apóstolo.
Não havendo presenciado a primeira aparição do Senhor Ressuscitado, Tomé se negou a dar crédito ao testemunho dos outros discípulos: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!” (Jo 20, 25).
E quando aparece novamente aos Apóstolos, agora estando ele presente, Nosso Senhor Se dirige ao incrédulo Dídimo e o repreende com doçura: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” (Jo 20, 27).
Vencido, o Apóstolo responde: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Meditando sobre este episódio, o Papa São Gregório Magno comenta:
A incredulidade de Tomé não foi um acaso; ela foi prevista nos planos de Deus. O discípulo que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas suas chagas, curou assim a ferida da nossa própria incredulidade.