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“Não passemos pela quaresma, entremos nela, deixando-nos transformar pelo amor paciente, compassivo, e clemente de Deus”, afirma o arcebispo de Londrina
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 19/03/2014
 
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Londrina – Paraná (Quarta-Feira, 19/03/2014, Gaudium Press) Artigo do arcebispo de Londrina (PR), dom Orlando Brandes, escreveu um artigo em que afirma que a beleza da quaresma está no amor em excesso de Deus por nós, até ao sangue. Segundo ele, contemplando Jesus crucificado os santos costumam dizer: “é assim que se ama, isto é o amor”. Para o prelado, todo o tempo quaresmal quer ser um retiro sobre o amor de Deus pela humanidade, pois Jesus se fez pecado e maldição, para nossa dignificação, nossa elevação, nossa justificação e, portanto, não podemos duvidar do amor de Deus.

Ainda de acordo com o arcebispo, a quaresma é uma peregrinação, uma romaria, uma caminhada, até nosso interior. Ele explica que a oração, a esmola e o jejum são atitudes filiais para com Deus e atitudes fraternas para com os irmãos. Dom Orlando reforça que a beleza da quaresma está no êxtase e no êxodo: êxtase é sair de si e aproximar-se de Deus e êxodo é saída de si na direção do irmão.

“Quaresma é tempo de crescimento espiritual, um itinerário da experiência na iniciação cristã. O Batismo, a Eucaristia, a Crisma e a Penitência são meios para uma transformação de vida e condição para a iniciação cristã. Renunciamos ao mundo pagão, para entrar no povo de Deus. A quaresma nos oferece uma chance de reencantamento por Jesus Cristo e de aprofundamento do discipulado”, acrescenta.

Outro aspecto avaliado pelo prelado é que a quaresma equivale à experiência do povo de Deus no deserto, rumo à libertação, e que Deus nos atrai ao deserto para falar ao nosso coração. Conforme o arcebispo, no deserto caem os ídolos e acontece o encontro com o Deus vivo, pois passando por tentações e tribulações, noites escuras e purificações próprias do deserto, chegaremos ao dia ensolarado, à celebração, à fidelidade da aliança com Deus. “Não há quaresma sem ressurreição”, completa.

Por fim, dom Orlando salienta que a espiritualidade quaresmal nos permite descobrir a profundidade, a largura, o cumprimento e a altura do amor de Deus, porque descemos com Jesus ao vale da humildade e vamos aprendendo a conhecer a nós mesmos, aos outros e a Deus. Para ele, o sangue, as chagas, o coração transpassado do Senhor nos tornam ébrios de amor por Deus e pelos irmãos.

“Jesus na sua paixão pensou em cada um de nós. Sofreu por nós, olhou-nos com amor. A quaresma é remédio para nossas feridas. No sangue do Cordeiro somos curados. É também uma escola de amor onde aprendemos a paciência, a obediência, a humildade, o desapego. Não passemos pela quaresma, entremos nela, deixando-nos transformar pelo amor paciente, compassivo, e clemente de Deus, manifestado em Jesus. Ele é a beleza que salva”, conclui. (FB)

 
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