Salvador – Bahia (Sexta-feira, 11-04-2014, Gaudium Press) Instituída em 1636 e reconstruída em 1799, logo após um incêndio no final do século XVIII, podemos dizer que a Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, na Bahia, é o coração dos fiéis soteropolitanos.

Imagem do Nosso Senhor Jesus Cristo carregando a Cruz | Foto: Arquidiocese de Salvador

O Templo ainda possui imagens e peças que remetem à Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. O historiador Francisco Senna, em entrevista à Pascom da Arquidiocese de Salvador, confirma que “este é um belíssimo templo que nos convida à oração”.

“Esta é, sem dúvida, uma igreja para ser visitada durante a Semana Santa”, afirmou.

A igreja, toda revestida em lâmina de ouro, abriga imagens de roca (sacras, vestidas em trajes de tecidos), para, desta forma, conduzir o fiel durante a trajetória da Via Sacra. Uma delas, inclusive, de pé e de frente para o altar-mor, pode ser observado o olhar do Nosso Senhor, entregue para o julgamento dos homens.

Segundo Senna, ainda não se sabe quem é o autor das obras que estão na Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo.

Além disso, existem imagens que encontram-se guardadas em uma sala, dentre elas, o “Senhor morto”, esculpida por Francisco das Chagas Xavier, que apresenta as marcas profundas das chicotadas que Jesus recebeu dos soldados romanos antes de ser crucificado.

“Cada gota de sangue é um rubi”, acrescentou o historiador.

Além disso, o espaço abriga as imagens de Maria Madalena, dos apóstolos São João, São Marcos, São Mateus e São Lucas, e de Nossa Senhora das Dores, que retrata o choro da Virgem Santíssima pelo sofrimento do filho.

Até então, contou Senna, as peças participavam da procissão das Cinzas, iniciada em 1648. Após mais de duzentos anos, a Sala dos Santos, como é conhecida, foi construída para abrigar as imagens.

“Aqui nós temos o Senhor no Horto, o Senhor na prisão, o Senhor dos açoites, o Senhor da pedra fria, o Senhor na presença de Pilatos, o Senhor dos Passos, Nossa Senhora da Conceição, Maria Santíssima e Nossa Senhora das Dores”, explicou. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de Salvador