Cachoeira do Sul – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 07/07/2014, Gaudium Press) “A pedagogia do mestre.” Este é o título do mais recente artigo de Dom Remídio José Bohn, Bispo da Diocese de Cachoeira do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Ele inicia a sua reflexão citando uma passagem do Evangelho de Mateus: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”.

De acordo com o Prelado, esta oração de Jesus resulta de uma experiência vivida no seu ministério e revela sua consciência de ser amado pelo Pai, onde encontra a força para cumprir sua missão. Ele explica que, no contexto desta passagem, Jesus acabara de censurar as cidades da Galileia (Corazim, Betsaida) por causa de sua autossuficiência e orgulho.

Ainda segundo o Bispo, na época se destacavam por sua grandeza, mas sua ruína não tardou e apenas restam hoje algumas pedras para contar sua história. Dom Bohn afirma que enquanto os líderes religiosos do povo resistiam em aceitá-lo e converter-se ao Reino, o povo simples e inculto mostrava-se receptivo diante de sua mensagem, deixando-se tocar por ela.

“A missão de Jesus não se realiza pela violência ou pressão, mas pela mansidão de um pedagogo que, em espírito de amor e solidariedade, faz crescer o Reino. Sua atitude é paciente e misericordiosa. Acolhe sua mensagem quem não está cheio de si”, completa.

O Prelado ressalta que Jesus continua a convidar ainda hoje a todos para encontrar nele o alívio. Conforme ele, há muitas coisas que nos afligem no mundo: doenças, sofrimentos, o desprezo dos outros, ressentimentos, problemas em casa, no casamento, filhos que seguem por caminhos errados, drogas, mortes estúpidas, catástrofes naturais, perdas materiais, incompreensões, nossos próprios erros e pecados.

E Cristo continua a convidar-nos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).

Por fim, Dom Bohn salienta que cabe hoje a nós aprender dEle, que é manso e humilde de coração, a sermos colaboradores seus na construção do Reino, não pela violência, mas pela convicção interior. Ou, para melhor entender, conforme o ditado: “convém cuidar da grama com paciência para deixá-la crescer, em vez de puxá-la para fazê-la crescer mais rápido e, assim, arrancá-la”, conclui o Bispo. (FB)