Lima – Peru (Segunda-feira, 23-02-2015, Gaudium Press) Em muitos lugares do mundo, a Igreja chega a regiões onde ninguém mais chega. A Palavra de Deus e a atenção caritativa desafia montanhas e caminhos ásperos e vai ao encontro do homem em lugares remotos e gravemente necessitados. E em não poucas ocasiões chega a estes lugares sobre os aparentemente frágeis ombros de religiosas como as Missionárias de Jesus Verbo e Vítima, que servem no Peru em lugares onde não existe infraestrutura nem transportes e, como elas mesmas referem, “onde termina uma estrada asfaltada, ali começa o trabalho”.
O testemunho destas religiosas, fundadas em 1961 por Dom Federico Kaiser, Bispo da Prelatura de Caravelí, e presentes na Bolívia, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, foi destacado pelo produtor católico Jorge Graña no portal Aleteia. Sua experiência ao conhecê-las na gravação de um programa de televisão foi a de um grande impacto por causa da espontânea simplicidade das religiosas que levam a cabo uma notável missão. “Nossa missão é preparar o caminho ao sacerdote para que chegue aos mais necessitados”, declarou a Irmã Aracelli, de origem argentina, no diálogo com Pepe Alonso na gravação para o canal EWTN.
Este preparar caminho é bastante literal na serra peruana. Largas caminhadas, peregrinações no lombo de mula, cavalos ou bicicletas são parte da rotina das audazes monjas, que devem velar pela pastoral de povoações que não contam com o acesso aos bens espirituais da Igreja ou os bens materiais do desenvolvimento. “Um sacerdote ambulante chega a esses lugares talvez uma vez por ano”, relatou a Madre Maria Clara. “Inclusive temos encontrado um povo onde as pessoas mais anciãs nunca tinham visto um sacerdote”. Para que as crianças tivessem a graça do Batismo nesses lugares, seus pais os levam em um longo caminho a cavalo através das montanhas até um povo com presença sacerdotal.
Além de uma completa formação em Teologia Dogmática e Bíblica, Moral, Filosofia, Liturgia, e outros materiais necessários para os trabalhos de evangelização, as religiosas aprendem também disciplinas como enfermaria, obstétrica e odontologia. As religiosas oferecem o Catecismo, realizam celebrações da Palavra de Deus e animam a Fé das comunidades em preparação à presença dos sacerdotes. Após o contato com estas admiráveis religiosas missionárias, Graña expressou a importância do Ano da Vida Consagrada para valorizar a riqueza e exemplo da vida religiosa no mundo. “Que Deus abençoe a todos os consagrados e lhes permita ser testemunhas de seu amor misericordioso em meio do mundo”, concluiu. (GPE/EPC)
