Crato – Ceará (Terça-feira, 03-03-2015, Gaudium Press) Na Diocese de Crato, no Ceará, o calendário litúrgico mostra que neste ano, serão comemorados os 270 anos da chegada da imagem de Nossa Senhora da Penha, padroeira da Vila do Brejo do Miranda, atual cidade cearense.

Conforme o levantamento realizado pelo monsenhor Rubens Gondim Lóssio, antigo Cura da Catedral, a imagem da Padroeira da diocese e da cidade de Crato foi levada para Pernambuco por cinco missionários capuchinhos, que tinham como destino a Guiné, em 1641. Contudo, antes de chegarem ao local, acabaram sendo atacados e presos por corsários holandeses calvinistas, presentes nas águas do litoral africano.

Naquela época, os missionários sofreram com os maltrato dos corsários, sendo entregues posteriormente as tropas holandesas que haviam ocupado o estado de Pernambuco.

Então, os capuchinhos foram trazidos para Recife, e a imagem da Virgem Santíssima, considerada preciosa, que seria levada às tribos africanas, teve a sorte de desembarcar no Nordeste brasileiro, permanecendo no Recife por 104 anos, sendo reverenciada ao longo desse tempo pela população da cidade. Mais tarde, ganhou uma capela, que depois foi transformada na atual Basílica Menor da Penha.

No ano de 1733, o então Prefeito da Missão dos Capuchinhos de Recife, Frei Boaventura de Pontremoli, autorizou o começo da ampliação da pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha, que abrigava a imagem aprisionada na costa africana.

Em 1745, o escultor Maragnone esculpiu uma nova imagem maior da Virgem da Penha, que foi entregue aos os capuchinhos.

Em seguida, o novo Prefeito da Missão dos Capuchinhos, Frei Carlos José de Spezia, fez a doação da imagem aprisionada na costa africana para Missão do Brejo do Miranda, que hoje é a atual cidade de Crato, fundada naquele tempo pelo Frei Carlos Maria de Ferrara. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Diocese de Crato