Lublin – Polônia (Terça-feira, 07-04-2015, Gaudium Press) Uma carta de Páscoa redigida pelo Professor Antoni Debinski, Reitor da Universidade Católica João Paulo II de Lublin, e difundida em paróquia da Polônia fez um chamado à reflexão sobre a identidade cristã da Europa e a necessidade de preservar a Fé para manter a força da cultura. O acadêmico reconhece no Evangelho “o fundamento mais profundo de nossa cultura” e na Cruz de Cristo “nosso emblema, o selo e a fonte de nosso orgulho e esperança”.
Para o Professor Debinski, a transformação do sentido da Cruz, que passou de ser o pior dos suplícios para significar a glória de Deus, “indica uma grande vitória espiritual do cristianismo sobre o velho mundo”. O imperador Constantino, que deu liberdade à Fé Cristã, também eliminou a pena da crucifixão por respeito a Jesus e este ato é para o Reitor um rito muito significativo para a história. “Essa surpreendente vitória da Cruz é a fonte e origem da civilização europeia”, afirmou.
Desde esse momento, a Fé Cristã começou a cimentar o desenvolvimento de uma nova cultura, com a vocação de aplicar na prática a doutrina de Cristo. “Europa se construiu no Gólgota, quer dizer na Cruz. É por isso que a Cruz não é somente um símbolo religioso, símbolo do amor de Cristo para o homem, mas também um símbolo de nossa civilização, assim como um símbolo do verdadeiro humanismo”, comentou. “A Cruz é o emblema mais apropriado da Europa”.
Para o acadêmico, tentar excluir a identidade cristã da vida do continente foi a origem dos graves males que açoitaram a região: o totalitarismo que causou milhões de mortes e posteriormente o ceticismo, “as pessoas que não sabem no que crer e por que lutar”.
Por este motivo, o reitor convidou a valorizar a Fé como a fonte de energia que pode permitir a região enfrentar os novos desafios. “Pode Europa, Ocidente, nossa civilização, subsistir sem a Cruz?”, questionou o Professor Debinski, que alertou sobre o distanciamento da Fé, que marca o “desapego ao fundamento mais profundo de nossa cultura” que poderia cortar o acesso à “única fonte de força espiritual”. O reitor convidou a refletir sobre estas perguntas na Páscoa, quando se recorda especialmente o triunfo de Cristo.
A Universidade Católica de Lublin, que recebe atualmente o nome de João Paulo II, foi fundada em 1918 e conta com mais de 14 mil estudantes. (GPE/EPC)
