Turim – Itália – (Segunda-feira, 22/06/2015, Gaudium Press) – As atividades do primeiro dia da viagem do Santo Padre a Turim foram encerradas com um encontro com os jovens que foi realizado na Praça Vitório Vêneto.
Francisco não fez o discurso que havia preparado para esta ocasião. Ele dirigiu-se aos milhares de jovens que foram ouvi-lo falando o que lhe nascia da alma.
A Rádio Vaticano ofereceu para seus ouvintes textos tirados do discurso preparado pelo Papa que tinham total relação com as questões levantadas pelos jovens em suas perguntas.
Um dos temas levantados foi sobre o amor. Interroga sobre o profundo sentido do amor de Deus, que nos foi oferecido mediante a doação total de Jesus na Cruz. Uma doação que se pode contemplar no mistério do Santo Sudário: ícone do “maior amor”.
Eis o pensamento do Papa: “A grandeza do amor se revela em ter cuidado dos mais necessitados, com fidelidade e paciência; em tornar-se pequeno pelos outros, como Jesus; em se tornar próximo, tocar a carne de Cristo nos pobres e nos últimos, nos apelos e solicitudes dos que nos circundam. Desta forma, o amor de Deus entra, transforma e torna grandes as pequenas coisas”.
À luz desta transformação, fruto do amor, Francisco se referiu à segunda pergunta, ou seja, sobre a confiança na vida.
A falta de trabalho e de perspectivas para o futuro podem, certamente, contribuir para deter até o próprio movimento da vida: autodefesa, pensar só em si, pensar só no bem pessoal, limitar a própria generosidade, que pode gerar certa resignação e cinismo.
Esse era o tema que indicava a segunda pergunta vinda dos jovens.
Na resposta o Pontífice recordou o caminho oposto, proposto por Jesus: “Quem quiser salvar a sua vida, a perderá; e quem a perder, por minha causa, a salvará”.
Apresentou modelos de vida, de audácia evangélica, como a do Beato Pier Giorgio Frassati, um jovem da região, que tinha como lema: “Viver, não passar tempo”. Este caminho pode levar a experimentar, em plenitude, a força e a alegria do Evangelho, a reencontrar a confiança no futuro.
O tema da terceira pergunta era a amizade. Também uma grande paixão do Beato Frassati:
“Como podemos viver abertamente a amizade, capaz de transmitir a alegria evangélica”? Francisco replicou com uma pergunta: “Vocês sabiam que são pequenos ramos da videira que é Jesus”? E acrescentou: “Eu lhes garanto que, se pensarem com fé nesta realidade, sentirão escorrer em vocês a linfa do Espírito Santo. Assim vocês produzirão muitos frutos e se tornarão corajosos, pacientes, humildes; serão capazes de compartilhar, serem diferentes, se alegrar, chorar com quem chora, querer bem aos outros. Desta maneira, vocês anunciarão o Evangelho! ” (JSG)
Da Redação, com informações Rádio Vaticano
