Madri – Espanha (Sexta-feira, 06-11-2015, Gaudium Press) O Arcebispo de Madri, Espanha, Dom Carlos Osoro, escreveu uma Carta Pastoral por ocasião da próxima celebração da Festa de Santa Maria a Real de Almudena, padroeira da Arquidiocese de Madri, na qual louvou a grandeza da Mãe de Deus e destacou o compromisso de imitação que traz para seus devotos: “Maria nos convida permanentemente a fazer o céu na terra, a ser morada de Deus para os homens”, indicou.
Maria, morada de Deus
O prelado iniciou seu comunicado recordando a narração da entrega feita por Jesus Cristo na Cruz de sua Santíssima Mãe à humanidade. “Foi uma conversa breve, mas cheia de amor e paixão pelos homens”, recordou o Arcebispo. “Necessitamos ter a quem, a partir do momento da Encarnação, disse com todas suas forças: ‘Me felicitaram todas as gerações’. A felicidade chega a esta terra, não a darão aos homens, é Deus mesmo quem a entregará”.
Esta glorificação da Santíssima Virgem, anunciada no Evangelho, continua presente. “A felicitamos porque está unida a Deus, porque vive com Deus e em Deus, porque traz a Deus do céu à terra”, explicou Dom Osoro. “Ele nos entregou como Mãe que acompanha e aconselha, que dá a mão e faz deste edifício que é a Igreja, formada também por Ela, um lar, uma casa de família, onde seu coração palpitou durante nove meses em unísono com o de Jesus”.
Em meio do caminho à morada celestial anunciada por Cristo aos seus discípulos, o Arcebispo indicou o exemplo da Santíssima Virgem, morada de Deus na terra, que permitiu esta graça ao estar por inteiro disponível à obra de Deus. “Ela diz com todas as consequências: ‘Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra’.”, expôs o prelado. “Com esta afirmação de confiança e entrega preparou aqui, na terra, a morada de Deus. Com esta decisão pudemos ver a Deus feito homem. O corpo e a alma de Maria se transformaram em morada de Deus e assim Ela abriu a terra ao céu”.
Dever de imitar a Santíssima Virgem
“Maria nos convida permanentemente a fazer o céu na terra, a ser morada de Deus para os homens”, acrescentou Dom Osoro; “a fazer de nossas vidas lar onde a experiência de empapar-nos do amor de Deus seja transparente, família que engendra vida definida pela entrega, o serviço, o perdão, o colocar-se diante do outro, o servir ao que mais necessita”. O prelado convidou aos fiéis a imitar a confiança, atenção e obediência da Santíssima Virgem como caminho de santidade.
Finalmente, o Arcebispo se referiu à invocação de Santa Maria a Real de Almudena, a qual descreveu como “oculta nos muros desta querida Madri”. “Ela, que permaneceu muito tempo oculta nos muros, nunca quer impor-se; a Almudena é a que não se impõem, a que não tem pretensões, a que quer estar perto de nós os homens, a que se faz presente com a simplicidade, nobreza e cortesia que simplesmente nos oferece a Jesus, o Rei do universo”, explicou o prelado. “Aqui reside sua realeza, oferece o mais nobre para ser humano, com o humanismo verdadeiro. E este não é outro que Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem”.
“Maria, com seu ‘sim’, dá o ‘sim’ de todos os homens. Seu ‘sim’ é a porta pela qual Deus pode entrar ao mundo”, concluiu Dom Osoro. “E com teu ‘sim’ a Ela, dá a maior beleza a esta terra, pois te ensina a ‘fazer o que Ele te diga'”. Como preparação à festa patronal, a Arquidiocese celebra um Tríduo de 05 a 07 de novembro na Catedral de Almudena, com Eucaristias presididas pelo Vigário Episcopal para o Clero e Cônego da Catedral Padre Andrés García de la Cuerda; o Capelão do Real Mosteiro da Encarnação e Cônego da Catedral, Padre Joaquín Martín Abad, e o Decano da Catedral, Padre Joaquín Iniesta. (GPE/EPC)
