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Que relação teve Santa Teresa com a América? Uma exposição inaugurada em Madri explica
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 01/04/2016
 
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Madri – Espanha (Sexta-feira, 01-04-2016, Gaudium Press) Desde sempre Santa Teresa de Jesus, mística espanhola e reformadora da Ordem do Carmelo, teve um vínculo direto com a América, já que seus irmãos partiram à Conquista. Este especial vínculo direto da religiosa com o Novo Mundo é precisamente o eixo central da exposição “Teresa de Jesus. Coração na Espanha, alma na América”, que se inaugurou no dia 31 de março na Casa de América, situada na Praça de Cibeles, em Madri.

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A mostra, organizada por Rocaviva Eventos por ocasião do V Centenário de Nascimento da Santa -celebrado em 2015-, conta com 27 painéis nos quais se percorrem a vida da fundadora carmelita, e de diferentes personalidades que cruzaram seu caminho, mas, sobretudo, seu especial vínculo com o Novo Mundo.

Cada um dos painéis conta com extratos dos escritos teresianos e fotografias com interiores dos primeiros carmelos, assim como peças inéditas, entre elas facsímiles, recriações da cozinha primitiva, filatelia e óleos do artista Eugenio López-Berrón de Ávila, cidade natal de Teresa de Jesus.

Na mostra de destaca uma obra de especial significado. Trata-se da Virgem Quiteña com a qual a Santa fundou o primeiro Carmelo no dia 24 de agosto de 1562. A imagem, exibida pela primeira vez ao público, foi enviada a Santa Teresa pelo seu irmão Lorenzo desde Quito em 1561.

Sobre este fato se referem Belén Yuste e Sonnia L. Rivas, comissárias da exposição: “Vencida sua batalha interior, abandonou a mitigação em que vivia para fundar o convento de São José de Ávila, berço do Carmelo Descalço. Foi chave para cimentá-lo à ajuda econômica de seu irmão Lorenzo, que afincado em Quito gozava de grande fortuna e foi importante valedor da obra teresiana. Em 1561 lhe enviou o quadro da Virgem que pode ser admirado na exposição, e que ela lhe agradeceu na carta do dia 23 de dezembro de 1561: ‘Pelo que me envia meu irmão, lhe beijo mil vezes as mãos; que se foi no tempo que eu trazia ouro, teria farta inveja da imagem, que é muito linda em extremo'”.Que relação teve Santa Teresa com a América 1.jpg

Destacam-se também os sucessos vividos pelos seus irmãos na América junto com os conquistadores, missionários e vice-reis, e o papel que jogou sua sobrinha, Teresa de Cepeda, que professou como religiosa do Carmelo 1582 e foi a primeira carmelita americana.

“Em 1604 teve lugar em Puebla de los Ángeles a fundação do primeiro Carmelo feminino do Novo Mundo e em 1618, Teresa de Jesus, sendo ainda beata, foi declarada padroeira da província, Arquidiocese e cidade do México. Fruto daquela semente foi, a princípios do século XX, a santa chilena Teresa de los Andes”, acrescentam as comissárias da exposição.

Além disso, a mostra destaca como o relato missionário sobre a evangelização no Novo Mundo foi o que impulsionou Teresa a converter-se na santa andariega, sobretudo para consolidar o trabalho missionário na América. Segundo o recorda a religiosa em “Fundaciones”, e que citam as comissárias: “Acertou vir me ver um frade franciscano, chamado frei Alonso Maldonado, […] com os mesmos desejos de bem das almas que eu, e podia os colocar em obra, que lhe teve eu farta inveja. Este vinha das Índias pouco havia […] nos fez um sermão e prática e foi-se. Eu fiquei tão lastimada da perdição de tantas almas, que não cabia em mim […] clamava a Nosso Senhor, suplicando-lhe desse medo como pudesse minha oração algo, já que eu não era para mais. Havia grande inveja aos que podiam por amor seu empregar-se nisto ainda que passassem mil mortes'”.

A exibição, de entrada livre, estará aberta ao público até o dia 16 de abril. (GPE/EPC)

 
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