Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Artigos


Catecismo


A vil indiferença
 
AUTOR: IR. LETÍCIA GONÇALVES DE SOUSA, EP
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
20
1
 
Deus, em sua infinita bondade, quis dar aos Anjos o sublime e inexprimível dom de vê-Lo face a face. Mas as grandes graças só se obtêm mediante provas equivalentes ao prêmio prometido.

Foi o que sucedeu aos Anjos. Seres de inteligência tão elevada, de conhecimentos tão profundos e rápidos foram submetidos aos insondáveis desígnios divinos, a algo não cognoscitivo à própria mente angélica. Era uma prova de amor ao Altíssimo. Estariam todos dispostos a isso?

“Eu vi satanás cair do Céu como um relâmpago” (Lc 10,18), diz Nosso Senhor no Evangelho. Houve Anjos que se revoltaram e São Miguel os lançou no inferno, na mansão da desgraça incessante, total e inexpiável.

Ora, alguns Anjos não amaram o bem como deveriam. Acometidos pelo mal da indiferença, da indecisão e da moleza, tentando criar uma atmosfera de falsa paz, uniram-se à revolta. Perderam, assim, a luz, comprando também a morte eterna. São os chamados demônios dos ares.

Segundo Plinio Corrêa de Oliveira “são os demônios que não iniciaram a revolta, mas que se deixaram arrastar, e que, como tais, enquanto sendo menos super-péssimos, não foram desde logo lançados no inferno, só vão ser lançados no fim do mundo. Esses ficam pelos ares, não diretamente tentando para a ofensa a Deus, mas criando um estado de espírito propício para o pecado”.1

Estes são os demônios que mais tentam aos religiosos. Como estes  lutam por trilhar o caminho da perfeição, torna-se difícil ao demônio do inferno tentar diretamente ao pecado.  Então, entram em ação os demônios dos ares, criando um estado de espírito medíocre e indolente diante do grandioso panorama da vocação. Assim, pela falta de radicalidade dos bons,  frustram-se os grandes planos de Deus.

Exemplo contrário nos deram os Anjos fiéis. O total amor ao Bem se transformou em indignação e ódio contra o mal e, consequentemente, redundou num ato de suma fidelidade. Tenhamos, pois, um amor ardente e íntegro ao Bem para que a vil indiferença não nos conduza à nossa própria ruína!

CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência. São Paulo, 21 jul. 1974. (Arquivo IFTE).

 
Comentários
Sandra Regina Freire - 11 de Agosto de 2017
São Miguel Arcanjo e todos os anjos de Deus nos proteja a mim e toda minha família de todo o mal do céu e da terra. Amém