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Espiritualidade


Lumen Cœli
 
AUTOR: IR. CLOTILDE THALIANE NEUBURGER, EP
 
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Antes da esplendorosa “ressurreição” do Astro Rei, uma estrela mais brilhante do que as outras ilumina o firmamento: Maria Santíssima. Ela é a inefável Luz que brilha no Céu anunciando a vitória de Deus sobre a História!

   Imaginemos uma noite de verão. Uma brisa discreta, mas suficiente para abrandar o calor, sopra ora com mais força, ora com menos, tornando o ambiente muito ameno. As horas passam e, conforme a noite se adensa, um belo espetáculo vai nos sendo oferecido: no límpido e escuro céu aparecem as estrelas. Quem não se encantará ao admirá-las? Quem não ficará extasiado com seu delicado brilho e sua ordenação nas alturas siderais? “Cœli enarrant gloriam Dei, et opera manuum eius annuntiat firmamentum” (Sl 18, 2). O céu material sempre foi um dos elementos que mais atraiu a atenção das almas contemplativas ao longo dos séculos. Ele remete ao Criador e eleva a alma às realidades sobrenaturais. Serve também de sinal para os homens, marcando sua História.

   Inúmeros exemplos poderíamos citar, a começar pelo de Abraão, a quem o próprio Deus prometeu tornar sua descendência mais numerosa do que os astros (cf. Gn 22, 17). Caberia também mencionar a estrela de Belém, inerrante guia dos Magos até a Gruta do Salvador. O que teria sido deles sem esse astro?

   

Nossa Senhora da
Ressurreição, Casa
Thabor, Caieiras (SP)

E mais, o que seria do próprio céu se não houvesse estrelas? Elas são para o firmamento sombrio o que a esperança é para as nossas almas: um resplendor que indica o caminho a seguir, uma promessa de algo que se realizará plenamente e um antegozo da “ressurreição” do Astro Rei.

   Com efeito, antes de ressurgir em todo o seu esplendor, ele é precedido por uma estrela maior e mais brilhante do que as outras. A Stella Matutina é símbolo da Virgem Santíssima, que trouxe Deus ao mundo e cuja esperança na Ressurreição sustentou toda a Igreja nos dias que Nosso Senhor passou no sepulcro.

   Maria é a inefável Luz que brilha no Céu anunciando a vitória de Deus sobre a História! E todo homem, à semelhança de um navegante, deve estar sempre atento a esse radiante farol celeste e pôr n’Ela toda a sua confiança.

   “Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta Estrela. […] Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando n’Ela, evitarás todo o erro. Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim”. 1 (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2018, n. 197, p. 50-51)

1 SÃO BERNARDO DE CLARAVAL. Homilia super Missus est, II, 17 (PL 183, 70-71)

 
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