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“O pontificado de São Pio X marcou a história da Igreja”, diz o Arcebispo de Santa Maria
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 26/08/2014
 
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Santa Maria – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 26/08/2014, Gaudium Press) Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu um artigo sobre São Pio X, que criou a Diocese de Santa Maria no dia 15 de agosto de 1910, e que no último dia 20 de agosto foi lembrado pelo seu centenário de morte.

Segundo o Prelado, São Pio X, cujo nome de batismo era José Sarto, nasceu em Riese (Treviso), na Itália, em 1835, de família camponesa. Após os estudos no Seminário de Pádua foi ordenado sacerdote aos 23 anos. Foi vigário-paroquial em Tômbolo, pároco em Salzano, e mais tarde cônego da catedral de Treviso, com o cargo de chanceler episcopal e diretor espiritual do seminário diocesano.

“Nesses anos de pastoral, o futuro pontífice mostrou seu profundo amor a Cristo e à Igreja, sua humildade, simplicidade e grande caridade pelos mais necessitados, que foram marcas de toda a sua vida. Em 1884, foi nomeado bispo de Mântua e, em 1893, patriarca de Veneza. No dia 4 de agosto de 1903, foi eleito Papa, ministério que aceitou com hesitação, porque não se considerava à altura dessa nova missão”, recordou o Arcebispo.

Ainda de acordo com Dom Rubert, o pontificado de São Pio X marcou a história da Igreja e se caracterizou por um notável esforço de reforma, sintetizada no seu lema: “Renovar todas as coisas em Cristo”. Conforme ele, desde o início, dedicou-se à reorganização da Cúria Romana; depois, aprovou os trabalhos da redação do Código de Direito Canônico, promulgado pelo seu sucessor, Bento XV. Além disso, promoveu a revisão dos estudos e do curso de formação dos futuros sacerdotes, fundando seminários regionais, equipados com boas bibliotecas e professores preparados.
“Preocupou-se com a formação doutrinal do povo de Deus. Como pastor, havia compreendido que a situação da época, também pelo fenômeno da migração, tornava necessário um catecismo ao qual todo fiel pudesse se referir. Como pontífice, preparou um texto de doutrina cristã para a Diocese de Roma, que se difundiu depois na Itália e no mundo por sua linguagem simples, clara e precisa”, completa.

Outro aspecto da vida de Pio X, destacada pelo Prelado, é que ele dedicou especial atenção à reforma da Liturgia, em particular da música sacra, para levar os fiéis a uma vida de oração mais profunda e a uma participação nos sacramentos. Segundo ele, no Motu Próprio “Tra le sollecitudini” (1903), São Pio afirma que o verdadeiro espírito cristão tem sua primeira e indispensável fonte na participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja.

“Por isso, convidou a que se aproximassem dos sacramentos, favorecendo a frequência cotidiana à Santa Comunhão, bem preparados, e antecipando oportunamente a Iniciação Eucarística das crianças aos 7 anos, quando a criança começa a entender melhor. Fiel à missão de confirmar os irmãos na fé, ele, frente a algumas tendências que se manifestaram no âmbito teológico no final do século XIX e começo do XX, interveio com decisão, condenando os erros do modernismo da época”, salienta o Arcebispo.

Por fim, Dom Rubert lembra que no dia 7 de maio de 1909, com a carta apostólica “Vinea electa”, Pio X fundou o Pontifício Instituto Bíblico. De acordo com ele, os últimos meses de sua vida foram difíceis, pelo começo da 1ª Guerra Mundial, e o apelo aos católicos do mundo, lançado no dia 2 de agosto de 1914, para expressar sua imensa dor daquele momento, era o grito sofredor do pai que vê os filhos enfrentando-se uns aos outros.

“Pio X morreu pouco depois disso, no dia 20 de agosto, e sua fama de santidade começou a difundir-se imediatamente entre o povo cristão. Ele nos ensina que, na base da nossa vida, deve haver sempre uma íntima união pessoal com Jesus Cristo, que é preciso cultivar e fazer crescer cada dia. Este é o centro de todo o seu ensinamento, de todo o seu compromisso pastoral”, conclui. (FB)

 

 
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