Não é necessário ser muito arguto para perceber que uma tal sucessão de catástrofes naturais não fazem parte do quotidiano... As reações diante de tais eventos vão desde o pânico até uma apatia não menos prejudicial. São poucos os casos narrados na mídia em que as reações escapam a esse binômio pânico-apatia paralisante.

Muitas das regiões atingidas nos mais variados pontos do globo são habitadas por católicos… ao menos de nome. Um fato ocorrido na Colômbia faz lembrar o que, se tivermos a Fé “do tamanho de um grão de mostarda” poderia ocorrer.
O tsunami em Tumaco
Estamos na pequena ilha de Tumaco, na Colômbia. Seus habitantes, católicos praticantes e orientados por sacerdotes de fé deram uma lição que merece ser conhecida.
O fato ocorreu a algumas décadas, mais precisamente no dia 31 de janeiro de 1906.
Um forte terremoto sacudiu a ilha por 10 minutos. Sabem bem os habitantes de ilhas que os temidos tsunamis vêm logo depois de terremotos de tal violência.
Prevendo a destruição que as águas em fúria trariam, a população foi buscar amparo no único lugar onde a poderiam encontrar: aos pés do Sacrário, onde está Jesus realmente presente como esteve em sua vida mortal na Galileia. Junto ao Sacrário encontraram seus sacerdotes, Pe. Larrondo e Pe. Julian. Nesta época era Bispo da diocese a que pertencia Tumaco, um Santo: Dom Ezequiel Moreno Diaz, canonizado pelo Papa João Paulo II em 1992.
No ímpeto e na certeza que só a Fé dá, promoveram de comum acordo levarem o Santíssimo Sacramento até a margem do mar que já recuava prevendo que o tsunami não tardaria em chegar. O mar continuava a retroceder, fazendo prever a chegada da imensa onda.

Seguros com a presença de Jesus Eucarístico, caminharam, entre lágrimas e aclamações a Deus. Pe. Larrondo chegou à praia, foi até a margem com a custódia nas mãos, nela a Hóstia, ou seja, o próprio Jesus.
No momento em que a onda estava chegando, ele levantou a Hóstia consagrada, com mão firme, a fé não menos firme e diante de todos traçou o sinal da cruz em direção à onda. A gigantesca massa de água continuou avançando… De repente a onda parou como se uma barreira intransponível a segurasse. O povo, comovido e maravilhado, gritou: “Milagre! Milagre!”.
Como se tivesse sido parada por uma força invisível a onda que ameaçava apagar do mapa a ilha de Tumaco iniciou seu retrocesso, e o mar voltou ao seu nível normal.
O milagre de Tumaco ficou conhecido no mundo inteiro, registrado como foi pela mídia da época, a qual pode ser consultada e onde abundam os depoimentos de autoridades e pessoas as dignas de crédito, muitas delas testemunhas oculares.
E em nossa época atual? Terremotos, furacões e tsunamis não faltam. Falta o que? (Fonte: CORRO, Pe. Pedro del Rosario, Agostinianos amantes da Sagrada Eucaristia, S/D,S/Ed)