Convido-o por alguns momentos, caro leitor, a abstrairmos do ambiente que nos circunda e irmos juntos acompanhar um viajante perdido à noite no deserto.

Longe de qualquer penumbra de luz elétrica ou natural, segue ele afanosamente o caminho indicado pela bússola. Já sem alimento, a única reserva que possui em seu cantil é um gole de água quente, que o Sol não ignorou durante o dia.

Até o ponteiro do seu relógio parou de funcionar! E quanto mais ele obedece ao rumo marcado pela agulha, mais lhe parece estar aquele instrumento desnorteado. 

Sumido no negrume triste e ameaçador, …