Certa vez chegou-me às mãos um artigo de jornal cujo tema era a solidão. Tratava-se de uma reportagem a respeito de um homem de fisionomia pouco acolhedora, que narrava suas preferências e estilos, afirmando ter tanto gosto pelo isolamento completo que optara por não se casar, pois sentia horror da vida em conjunto. Ele levava a existência sozinho, inteiramente fechado em si mesmo; não se interessava pelos outros e incomodava-se quando alguém entrava em casa e tocava nos seus objetos…

Ao ler tais afirmações, logo lembrei-me de Dona Lucilia. Que extremo oposto! Aos noventa e dois anos de idade, …