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Domingo Gaudete, o Domingo da Alegria
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 09/12/2021
 
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"O que o justo almeja redunda em alegria, mas as esperanças dos ímpios dão em nada". (Pr 10,28)

Com magníficas palavras bíblicas, a Santa Igreja abre o chamado Domingo Gaudete, o Domingo da Alegria, o terceiro do Advento: “Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém!” (Sf 3, 14-15)

O que é o Domingo Gaudete?

Aproximando-se o Natal, dia do Senhor, o bom odor da santidade e inocência se faz sentir. Uma atmosfera como que aconchegante nos envolve tornando o convívio mais fraterno e generosidade mais frequente.

Com a liturgia se dá o mesmo: a Santa Igreja quer nos fazer “um mimo”, uma carícia materna. Assim, no penúltimo domingo da preparação do Advento, ela como que pinga uma gota da pura e revigorante alegria do Natal, simbolizado pela cor branca dos paramentos, no roxo da penitência e paciência.

Tal mistura dá o lindo róseo, que se manifesta no véu que cobrirá o cálice sagrado e na casula e dalmática que revestem os ministros sagrados.

Neste Domingo Gaudete, os instrumentos voltam a tocar, os cânticos são mais alegres, as próprias leituras nos falam de muita esperança e bondade, pois o Senhor está logo aí, já vem.

Ainda não cantamos o Glória, pois este só será entoado pelos próprios anjos na noite maravilhosa onde a Luz vence as Trevas, mas já sentimos, na iluminação e esplendor da celebração, uma degustação da vinda de Jesus Menino.

Acende-se também a vela rosa da coroa do Advento, lembrando mais uma vez a fé que guiou o povo de Israel à santa expectativa do Nascimento do Messias que permeou toda a História.

Sentimento do povo cristão no Domingo da Alegria

Para a assembleia, o que este domingo representa?

Estávamos até agora em um momento de reflexão sobre as nossas faltas, de fazer propósitos, de ajustar as nossas más condutas para assim receber melhor o Menino Jesus. Tal preparação pode assumir um ar de censura, ressaltando as fraquezas e cansando aquele que peregrina rumo à Pátria Celeste.

O Domingo Gaudete deve ser uma brisa fresca para a vida cristã neste momento de ascese.

Como um viajante que caminha pelas entranhas dos montes, apenas subindo sem saber o que o circunda, quando, de repente, sai numa abertura já próximo ao topo, e consegue, num giro de 180 graus, ver todo o panorama lá embaixo, assim também a alegria do terceiro domingo do Advento deve nos circundar.

Devemos olhar brevemente para trás, vendo o caminho espinhoso que percorremos e as coisas que nos prendiam, fitar nossa condição de filhos amados de Deus e dar graças por termos chegado ali.

Mas esta é uma olhada rápida, o mais importante é enxergarmos o presente que Deus nos concederá no cume da montanha, do qual estamos já tão perto: o Nascimento do Menino Deus, que curará nossas enfermidades e cansaços, nos dará força e doçura para continuarmos rumo ao ponto final de nossa caminhada, a Eterna Bem-aventurança!

Saibamos assim, neste consolo que a Divina Providência nos dá com esse domingo Gaudete, antegozar as maravilhas preparadas para cada um de nós no Santo Natal.

 
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