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Quarto mandamento: como honrar meus pais?
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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Deus nos ensina a viver na sociedade

Dando continuidade a nossos estudos do catecismo, na parte dos mandamentos, pecados mortais e veniais, chega a vez de explicarmos melhor as prescrições e proibições do quarto mandamento da Lei Divina: honrar pai e mãe. Como percebemos, este é o único dos sete mandamentos ordenados aos homens que começa com uma prescrição. Além disso, é o primeiro logo após nossa relação para com Deus. Por que é tão importante, então?

No quarto mandamento, o amor à desigualdade

Diferente da moralidade vazia pregada em muitos lugares, Deus ama as desigualdades. Isto porque, nelas, Ele é melhor espelhado. Se todos fossem iguais, como simbolizar a infinitude de seus predicados? Assim, quando observamos a natureza, percebemos o escalonamento de faculdades e aptidões, acontecendo o mesmo na sociedade humana.

Porém, o ser humano, depois do pecado original, faz desta desigualdade essencial na obra de Deus um fardo e um peso. Ele exagera nas diferenças, põe para baixo os outros por ganância e desrespeita, com ódio, as luzes que cada ser, individualmente, possui. É por isso que Deus nos comunica, com esta pequena descrição, seu desejo para uma justa desigualdade: “honrarás teu pai e tua mãe”.

Na relação do pai e do filho, da mãe e da filha, portanto, está a imagem que Deus quer para todas as relações humanas. O afeto que desce dos progenitores pelo seu filho, pela sua co-criação, o desvelo, a atenção, o carinho e a doação são imagens de como o superior deve fazer com seu inferior, seja em que relação social for: patrão para com os empregados, professor para com alunos, governador para com seus governados.

E do filho para com seus pais emana a posição do súdito para com o seu mestre: carinho, admiração, respeito e precedência. Estar numa posição de inferioridade não deveria ser um fardo, mas uma alegria: é uma oportunidade de admiração das virtudes cristãs.

O que nos proíbe e nos prescreve?

O quarto mandamento proíbe ao cristão a revolta pecaminosa da vanglória e da soberba. Proíbe também a falsa apropriação do bem alheio, tanto dos grandes para com os pequenos como dos pequenos para com os grandes.

Quarto mandamentoOutro ponto regido pelo quarto mandamento é a acolhida aos mais velhos. Na Bíblia lemos: “amparas teu pai na velhice”, como forma de respeito por tudo o que aquela autoridade simbolizou, por mais que tenham terminado seus dias de mandato. É uma forma do Senhor estimular, na sociedade humana, o amor e caridade.

Um lembrete de obediência também é necessário: como prescrição do quarto mandamento, o filho precisa obedecer a seu pai, que representa a autoridade de Deus. Assim também o súdito com o governante, o empregado para com o patrão. Porém, se a ordem em si conter um pecado, ela não pode ser obedecida, pois primeiro vem o dever para com Deus.

Por isso, em uma situação pecaminosa, o inferior tem a obrigação, prescrito pelo quarto mandamento, de fazer frente e ilustrar, com paz de espírito, o erro da autoridade. Caso este não ouça a voz da verdade, é permitido o levante justo. Porém, é preciso que as intenções não maculem o ato: se esta ação é feita com vanglória, ou com revolta e com ira, ou ainda com oportunismo e interesse, já é pecaminosa e vai contra o quarto mandamento da Lei de Deus. A contestação de uma autoridade que ordena ou promulga o pecado precisa ser medida pelo amor de Deus, que é o verdadeiro ofendido na história.

 
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