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Plinio Corrêa de Oliveira


Setembro de 1942: Um preito de homenagem a Pio XII
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 28/08/2019
 
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Ainda sobre o Congresso Eucarístico, intitula-se o artigo publicado a 27 de setembro de 1942 no “Legionário”. Voltamos uma vez mais a esse Congresso Eucarístico onde Dr. Plinio teve notável participação, conforme vimos em números anteriores, para transcrever este excerto dedicado ao Papa Pio XII, na ocasião em que, através das ondas da Radio Vaticana, dirigiu-se, em português, à multidão de brasileiros reunidos nesse Congresso.

Aspecto do IV Congresso Eucarístico Nacional realizado no Vale do Anhangabaú em São Paulo

O Santo Padre ocupa, na piedade católica, uma posição tão central e tão relevante que, de modo algum, pode deixar de nos interessar altamente tudo quanto diga respeito à intensificação dos sentimentos que lhe devem tributar os fiéis. […] [Assim sendo,] foi intensa a emoção quando a saudação “Louvado seja Jesus Cristo!” anunciou que o Santo Padre ia começar a falar.

Infelizmente, as condições atmosféricas não permitiram uma irradiação clara. Por isto, se bem que o Santo Padre falasse em nosso idioma, para a grande maioria das pessoas tornou-se dificílimo entender o que dizia. Mas precisamente aí esteve uma das mais belas notas do Congresso. N„o se ouvia a palavra do Papa, mas entendia-se nítida a voz paternal e amavelmente grave do Sumo Pontífice. Tanto bastou para que aquelas centenas de milhares de pessoas se conservassem em um silêncio verdadeiramente impressionante, para recolher no coração, afetuosamente, meticulosamente, uma a uma todas as vibrações daquela voz que vinha da Roma Eterna, e era um eco fiel da própria voz do Divino Mestre. Foram longos e deleitosos minutos de um recolhimento empolgante. O mais eloquente dos oradores, o que melhor se fizesse ouvir e compreender pelas massas, não poderia lograr, nem silêncio maior, nem atenção tão grande. Na imensa praça do Congresso, todos rezavam, meditavam ou se recolhiam enquanto o Papa falava. E quando, finalmente, Sua Santidade anunciou a benção apostólica, foi um espetáculo emocionante ver-se todo aquele povo, tendo à testa as autoridades eclesiásticas, civis e militares, ajoelhar-se instantaneamente, para receber com profundo respeito a benção do Pontífice.

Seria impossível uma mais eloquente manifestação de FÉ, FÉ viva e profunda, no Primado de São Pedro e na Infalibilidade do Papa, do que a que deu o povo, nesta grande e Gloriosa solenidade.
Pela segunda vez, o Santo Padre Pio XII, sabidamente um poliglota, dirigindo-se aos brasileiros, se serve de nosso idioma. Com isto, indica o Sumo Pontífice o agrado especial com que tem os
seus filhos de língua portuguesa e, ao mesmo tempo, afirma de modo muitíssimo oportuno a universalidade da Igreja. (Revista Dr. Plinio, Setembro/2003, n. 66, p. 5).

 
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