Dom José Policarpo Cardeal-Patriarca de Lisboa
Fátima tem de ser, cada vez mais, um lugar indiscutível de comunhão eclesial, manifestada na união ao Santo Padre, amor à sua pessoa e obediência ao seu Magistério. Mais do que qualquer outro lugar, Fátima deverá ser sempre o lugar onde a Igreja se reúne seguindo o seu Pastor, acatando a sua palavra, rezando pelo que ele reza, desejando o que ele deseja, sofrendo com ele pelo triunfo do Reino de Deus. Só assim louvaremos Nossa Senhora, que aqui manifestou o seu papel peculiar na História da Salvação.
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A todos os que visitarem este Santuário, Fátima falará de Nossa Senhora e do seu Filho Jesus Cristo. Não há aqui, nem nunca haverá, “templos inter-religiosos ou inter-confessionais”. Há, isso sim, um Santuário onde Maria é Rainha e onde acolhe com amor de Mãe todos os que vêm com um coração reto, peregrinos da verdade e do amor.
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Neste Ano da Eucaristia, vamos celebrar este mistério em comunhão com o Santo Padre. O culto da Eucaristia é outro elemento constitutivo da mensagem de Fátima. Cada celebração se prolonga, aqui, em adoração, e quando um peregrino adora é a Igreja toda que adora. São dois caminhos convergentes para aprendermos a louvar: contemplar o rosto de Maria e adorar o “Jesus escondido”, na Eucaristia.
(Trechos da homilia de 13/5/2005, em Fátima)
(Revista Arautos do Evangelho, Jun/2005, n. 42, p. 45)