Rio de Janeiro (Quinta-feira, 24-10-2013, Gaudium Press) O Simpósio Teológico “A Fé há 50 anos do Vaticano II”, foi realizado entre os dias 21, 22 e 23 de outubro, na Faculdade de São Bento, localizada no Centro do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, participou do encerramento do evento. “Não faço agora uma conclusão apenas, mas gostaria de proclamar que este é um momento de envio, é necessário progredirmos nas trilhas traçadas pelo Concílio que avança pelo Novo Milênio. Sigamos avante em nossa missão de ser Igreja hoje, evangelizadora, missionária, dialogando com a sociedade e anunciando Cristo, O Senhor”, motivou.
Além do Arcebispo, o Simpósio contou com a participação de Dom Luiz Henrique Souza Brito, Dom Paulo Cezar Costa e Dom Roque Costa Souza, bispos auxiliares, bem como sacerdotes, seminaristas, religiosos e leigos.
“A Constituição Sacrosanctum Concilium e o culto em Espírito e Verdade”
No último dia do Simpósio, o Ábade da Abadia de São Geraldo (SP), Dom Paulo de Souza Silva, doutor em Liturgia pelo Pontifício Ateneu Santo Anselmo de Roma, presidiu a palestra “A Constituição Sacrosanctum Concilium e o culto em Espírito e Verdade”.
Dom Paulo acredita que a Sacrosanctum Concilium “não deve ser vista como uma ruptura, mas como um desejo da Igreja de dar especialmente ao Sacramento da Eucaristia uma mensagem que toque mais os homens do nosso tempo”, fazendo-os “participar com o coração, para que todos se sintam mais próximos de Deus”.
O Ábade reforçou ainda que o documento tem como intuito fazer com que a celebração da Missa não seja um mero ritualismo, mas um bonito encontro com Deus, destacando que “a Igreja nos propõe a participação de todos na liturgia. Ver seus filhos orando e cantando juntos alegra o coração de Deus”.
“Que haja um só rebanho e um só pastor”
Padre Jesus Hortal Sánchez, antigo reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana, apresentou o tema “Que todos sejam um, para que o mundo creia (Jo 17, 21): Quase cinquenta anos após o Decreto Unitatis Redintegratio do Concílio Vaticano II”.
Segundo o sacerdote, “remos que continuar fazendo esforços para encontrar mais pontos de unidade e pedir a Deus que nos dê a graça que todos almejamos: ‘que haja um só rebanho e um só pastor'”.
Liberdade aos documentos da Igreja
No primeiro dia, 21, o Bispo de Nova Iguaçu (RJ), Dom Luciano Bergamin, presidiu a palestra “A dimensão missionária a partir do decreto Ad Gentes”, seguida pelo tema “A Gaudium et Spes: Harmonia entre fé e humanidade” ministrado pelo assessor da CNBB na Comissão da Família e Vida e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Padre José Rafael Solano Duran.
No dia seguinte, o tema “Deus quaerens in homine hominem”: Por uma releitura cristológico-soteriológica da relação revelação e Fé na Dei Verbum” foi abordado pelo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé na CNBB, Padre Luís Henrique Eloy e Silva. Logo depois, o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e membro da Comissão Teológica Internacional e da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, Padre Geraldo Luiz Borges Hackmann, presidiu a palestra “A Lumen Gentium: Ontem, hoje e o ano da Fé”. (LMI)
Da redação, com informações Arquidiocese do Rio de Janeiro
