No dia 20 de fevereiro comemoramos a memória de dois Pastorinhos de Fátima: Santa Jacinta e São Francisco.

Apesar de celebrarmos a festa das aparições de Nossa Senhora apenas em 13 de maio, data de sua primeira visita, hoje falaremos um pouco do panorama sublime que os dois pequeninos contemplaram.

Visitas e consolações mariais

Antes da primeira aparição de Maria Santíssima aos três pequenos, eles foram preparados pelo Anjo de Portugal, o qual recomendou a devoção e prática cotidiana do terço.

Sem saberem que a Sublime Senhora os visitaria, eles cuidavam das ovelhas do pai de Lúcia.

Com um céu claro e o horizonte límpido, uma espécie de relâmpago os assustou.

Com medo de vir uma trovoada e chuva súbita, se dirigiram à suas casas.

Outra vez viram o mesmo clarão, e apressaram o passo.

Antes de chegarem ao fim das terras que pastoreavam, porém, Nossa Senhora lhes apareceu.

O milagre tantas vezes relatado ainda comove o coração do mais empedernido leitor. Mas, o que mais nos prende a atenção, são as reações tão inocentes dos dois irmãos menores.

Jacinta não parava de exclamar:

“Ai! Que Senhora tão bonita! Ai! Que Senhora tão bonita!”

Francisco, porém, por não poder ouvi-la, mas só vê-la, pediu para que contassem o que a Senhora de Luz lhes tinha dito.

Lúcia, então, a pastorinha que conversava com Nossa Senhora, contou-lhe que, para ele ir ao Céu, precisaria rezar o terço.

O santo menino exclamou:

“Ó minha Nossa Senhora! Terços digo eu quantos Vós quiserdes!”

Na segunda aparição, a Senhora vestida de branco afirmou que levaria Francisco e Jacinta para o Céu antes de levar Lúcia.

De fato, em 1920, já haviam sido levados para o Reino de Jesus os dois pequeninos.

A quarta aparição e o sofrimento dos pastorinhos de Fátima

Porém, a malícia humana não tem limites.

O administrador da região, abertamente anticatólico, dá início a um intricado plano de sequestro, começando pelo interrogatório da pequena Lúcia, tentando descobrir o segredo que Nossa Senhora lhes contara na terceira aparição.

Sem sucesso, foi atrás dos seus primos menores, achando que, por serem mais novos ainda, teriam medo e contariam as palavras da “suposta” Senhora.

Também sem um resultado, mesmo usando de táticas de pressão psicológica, leva-os presos em seu carro para outra cidade.

O administrador primeiro os adula, dando-lhes boas comidas, boas roupas, deixa-os brincar com os melhores brinquedos.

Mesmo assim, Francisco e Jacinta não se deixam levar e se mantêm afirmando o desejo de Nossa Senhora de não revelar o segredo.

Já beirando a loucura, o administrador os ameaça, prende-os numa cadeia pública e promete que os jogaria num caldeirão de azeite fervendo.

Olhe a loucura!

Lembremos que Francisco, o mais velho dos dois, tinha menos de dez anos!

Depois de todo esse sofrimento bem oferecido, eles ainda receberam mais uma vez a visita de Nossa Senhora, mesmo que não fosse no dia indicado.

Assim, a prova que suportaram só evidenciou a santidade dos pastorinhos de Fátima.

Após o calvário, de pastores se incorporaram ao rebanho celeste

Contudo, já se aproximava o calvário que os dois pequeninos iriam enfrentar.

Enquanto a prima Lúcia se dirigiu à vida religiosa, Francisco e Jacinta, pastorinhos de Fátima, entregaram-se de corpo e alma à petição de Nossa Senhora de sempre rezar o terço e oferecer sacrifícios para a salvação das almas.

Doentes e pouco nutridos, a morbidade de suas enfermidades se concretizou. Mas nada que os entristecesse, pois eles sabiam que Nossa Senhora os viria levar logo.

Assim, de pastores da terra foram eles incorporados ao rebanho celeste, sob o manto da Senhora que um dia lhes aparecera.

Cf. https://salvaimerainha.org.br/nossa-senhora-de-fatima/