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Dentro de um ano, a Igreja poderá abrir a primeira universidade católica no Vietnã
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 18/07/2014
 
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Ho Chi Minh – Vietnã (Sexta-feira, 18-07-2014, Gaudium Press) Depois de décadas de exclusão por causa das políticas antirreligiosas do regime comunista, a Igreja está cada vez mais próxima de abrir a primeira universidade católica no Vietnã. Este logro é fruto do extraordinário crescimento da Igreja no país, os avanços no diálogo com o estado e a reivindicação de direitos similares aos concedidos a várias organizações internacionais que criaram instituições de educação superior no país na última década. “Por que a Igreja deveria ser privada deste direito?”, questionou o Arcebispo da cidade de Ho Chi Minh, Dom Paul Bui Van Doc, em diálogo com a Vatican Insider.

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“A Igreja Católica pode oferecer sua filosofia educacional e sua experiência para educar pessoas que cheguem a a ser indivíduos responsáveis para o bem de toda a sociedade”, explicou Dom Van Doc, que é também Presidente da Conferência de Bispos do Vietnã. O prelado destacou que a contribuição da Igreja neste campo seria muito significativa para o país, “particularmente dadas as carências do sistema de educação nacional, as quais são evidentes nas estatísticas da educação vietnamita”. A forma legal eleita pelos Bispos é a de um convênio com a Universidade Católica de Paris, que aproveita as facilidades concedidas a organizações estrangeiras que desejam oferecer serviços educativos no Vietnã.

O direito de ajudar a construir a sociedade

O estado assumiu o monopólio total da educação após a revolução comunista em meados do século XX e a Igreja Católica foi perseguida ativamente nesse período, perdendo seu direito de educar em 1954. A restrição à Igreja foi ampliada ao Vietnão do Sul em 1975 e, segundo recorda o Vatican Insider, dita política significou a perda de uma das duas mil instituições educativas católicas. Nos últimos anos vem se produzindo uma lenta recuperação da liberdade religiosa em meio de um notável crescimento da Fé Cristã. A Igreja obteve o direito de abrir Seminários e também foi autorizada a operar creches, que são comumente abertas em setores com altos níveis de pobreza e exclusão. É por isso que os Bispos tiveram que esperar durante décadas antes de poder pensar na possibilidade de abrir uma universidade.

“Temos confiança. Isto marcará um importante passo para adiante pelo bem comum do país, um sinal de grande esperança por um futuro mais brilhante para o Vietnã”, assinalou o prelado. Para a Igreja, explicou, a educação é um aspecto fundamental em sua missão evangelizadora e o tema será tratado pelos Bispos em sua próxima Assembleia Plenária. A Igreja já havia pedido para “abrir as portas às pessoas religiosas de boa vontade que desejam involucrar-se na educação escolar” em uma Carta Pastoral de 2011 intitulada “Construamos juntos uma civilização de amor e vida”.

O pedido da Igreja foi realizado em uma linguagem construtiva, que soube evitar os obstáculos colocados pelos prejuízos antirreligiosos ainda presentes no país: “Como cidadãos, os católicos do Vietnã tem a obrigação de amar e construir seu país”, afirmaram os Bispos na Carta Pastoral. Esta construção, desta vez feita concreta na proposta de uma universidade católica, foi bem recebida nas reuniões preliminares com as autoridades do Ministério da Educação no Vietnã e o processo de aprovação avança favoravelmente. Por sua vez, os Bispos também adiantam as gestões diante da Congregação para a Educação Católica na Santa Sé a fim de que a nova universidade possa levar o título de Pontifícia. Dom Paul Bui Van Doc espera poder apresentar o avanço deste projeto pessoalmente ao Papa Francisco durante sua visita apostólica a Coreia do Sul no mês de agosto. (GPE/EPC)

 
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