Veracruz – México (Quinta-feira, 31-07-2014, Gaudium Press) Por ocasião da abertura do Congresso Nacional de Pastoral Penitenciária no México, o Bispo de Veracruz, Dom Luis Felipe Gallardo Martín del Campo destacou a importância da prevenção dos delitos através da educação no seio da família diante do efeito contraproducente dos cárceres que, indevidamente manejadas, se convertem em “universidades do crime”.
“Os pais de família e as autoridades são responsáveis de evitar que as cifras de adolescentes e jovens mergulhados na delinquência organizada continuem crescendo”, exortou o Bispo, que alertou sobre o enfraquecimento da instituição familiar e suas nefastas consequências sobre as novas gerações. “Os pais deixaram de lado, pelo trabalho e os interesses pessoais, a educação e o cuidado dos filhos, isto o vemos nas estatísticas sobre a delinquência atual”.
O prelado fez um chamado ao trabalho a partir da Pastoral Familiar, que “deve estar mais pendente de seus membros”, de forma que se evitem situações nas quais os jovens sofrem a ausência da autoridade e guia de seus pais e possam terminar ingressando em organizações criminais. “É lamentável que a maior parte dos que integram as redes de delinquência organizada sejam jovens que não passam dos 30 anos”, comentou Dom Martín del Campo.
Por sua vez, o Bispo solicitou às autoridades uma melhor gestão dos centros penitenciários para que estes cumpram sua função totalmente e não degradem ainda mais a situação dos criminosos. “As autoridades também tem responsabilidade porque em lugar de depurar os cárceres, estas se converteram nas ‘universidades do crime'”, denunciou.
Como exemplo de uma perspectiva distinta, o prelado recordou o trabalho que desenvolve a Pastoral Penitenciária, inspirada na mensagem de conversão de Jesus Cristo e sua ação redentora nas almas. “A Igreja trabalha nos cárceres para a regeneração de muitos destes jovens”, comentou, “oferece um programa de reabilitação e reintegração social para assegurar-se de que sejam capazes de retornar com suas famílias, abandonando as práticas criminosas”. (GPE/EPC)
