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“O Senhor vem para salvar e libertar”, afirma o Arcebispo de Porto Alegre
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 15/12/2014
 
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Porto Alegre – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 15/12/2014, Gaudium Press) O artigo semanal do Arcebispo da Arquidiocese gaúcha de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, fala sobre a expectativa do Natal. Em sua análise, o Prelado reforça que o tempo do Advento, em que estamos vivendo, é o período em que os cristãos são orientados a refletir sobre o modo como Deus se encarna na história humana.dom jaime spengler.jpg

De acordo com o Prelado, durante as semanas que compõem o tempo do Advento, é considerado todo o mistério da vinda do Senhor até a sua conclusão. Para ele, há uma nota que perpassa todo o tempo: O Senhor vem! Deus entra na história! Entra na história para salvar “todo homem de boa vontade”.

“Deus quer salvar seu povo. A história é o lugar da realização das promessas de Deus e está voltada para o Dia do Senhor. Por isso, a comunidade de fé, peregrinando no tempo, vive a tensão do ‘já’ da salvação realizada em Cristo e o ‘ainda não’ da sua realização em nós, na expectativa da manifestação gloriosa do Senhor juiz e salvador”, avalia.

Conforme o Arcebispo, nesse tempo do advento, a comunidade de fé é exortada a cultivar a atitude da espera vigilante e jubilosa, a espera da realização das promessas divinas. Ele afirma que a comunidade vive essa espera na vigilância e na alegria e, portanto, durante esse tempo, vivemos de forma ainda mais vigorosa o dom da esperança: o Senhor virá!

“Vivendo a esperança, o fiel é também questionado. A vinda do Senhor pressupõe atitude de vigilância e atenção; requer a superação do comodismo e da indiferença; exige conversão. Durante as quatro semanas do advento, a comunidade de fé é orientada a cultivar a atitude dos ‘pobres de Jahwé’: a mansidão, a humildade, a disponibilidade, a simplicidade de coração.”

Além disso, Dom Spengler reforça que nos preparamos para, ainda uma vez, nos aproximar da grandeza do mistério do Deus que se faz criança na gruta de Belém. Segundo ele, é assim que nos aproximamo do mistério de Jesus, e Jesus nos revela o mistério de um Deus-Amor. Para o Arcebispo, o próprio Jesus reconhece que esse mistério “é revelado não aos sábios e entendidos, mas aos pequeninos”, aos mansos e humildes; e louva, por isso, o Pai.

“Só os que têm o coração como os pequeninos são capazes de receber a revelação do Deus-Amor. Só o coração humilde e manso sente a necessidade de se aproximar do presépio, de inclinar a cabeça, dobrar os joelhos e contemplar. Ao contemplar reza e adora; dispõem-se a aventura do Deus que se doa sem reservas, sem limites”, acrescenta.

O Prelado também analisa que muito já se escreveu sobre esse mistério, e a arte buscou e busca representar o evento de diversas formas. Entretanto, conforme ele, é dobrando os joelhos em atitude de humildade e simplicidade, de prece e adoração que o ser humano de todos os tempos pode, talvez, intuir e adorar, perceber e rezar.

“Pode-se dizer tanto sobre a encarnação do Deus-Amor, mas tal não é sinônimo de compreensão. Há sempre os que se consideram sabedores do fato e, por isso, nada mais os surpreende. O Papa Francisco continuamente pede que nos deixemos surpreender por Deus”, recorda.

Por fim, o Arcebispo salienta que o Senhor vem como um rebento; veio envolto nos panos da nossa fragilidade; foi deitado nas palhas de um cocho de animais; veio no despojamento, na simplicidade, na pobreza e na humildade. Para Dom Keller, devemos o acolher na fragilidade e na simplicidade, na pobreza e na humildade, na alegria e na fé, pois o mistério do Deus-Amor se fez compreensível no mistério de Jesus, marcado por aniquilação, humilhação, rejeição e morte.

“Quando vivemos tempos de fundamentalismos de diversos tipos, de intolerância religiosa dissimulada em observância de normas e leis que não libertam, não promovem a vida, de indiferença generalizada, somos convidados a nos aproximar do mistério da encarnação de joelhos. E, assim, tentar percorrer o caminho que Ele – Jesus Cristo – percorreu: o caminho da humildade, da pobreza, da mansidão, da simplicidade, da filiação, da fé! O Senhor vem para salvar e libertar”, conclui. (FB)

 
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