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Enterrar aos defuntos não reconhecidos: uma obra de caridade da Arquidiocese de Chicago
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 27/11/2015
 
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Chicago – Estados Unidos (Sexta-feira, 27-11-2015, Gaudium Press) Os Cemitérios Católicos de Chicago realizam uma obra de caridade que corresponde a uma das ações de misericórdia que recomenda tradicionalmente a Igreja: dar sepultura aos defuntos. Neste caso se trata das pessoas que não são identificadas nem reclamadas e que portanto não teriam acesso a uma sepultura digna. A Igreja local se ocupou de enterrar os corpos de cerca de 200 adultos não identificados e 600 crianças nos últimos anos e de assumir esta tarefa a partir de uma perspectiva espiritual.

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“Obviamente há pessoas que viveram uma vida marginalizada. Viveram nos limites da sociedade, alienados de sua família ou amigos, assim que verdadeiramente são desconhecidos”, explicou à CNA o sacerdote Larry Sullivan, Diretor associado de Cemitérios Católicos da Arquidiocese de Chicago. “Certamente o fim de sua vida foi muito difícil; eles não tinham a ninguém que saísse para dizer que conhecia a esta pessoa. Creio que é muito importante que ainda que não são conhecidos para nós são conhecidos para Deus”.

Uma obra corporal de misericórdia

Precisamente pelo valor que tem as pessoas para Deus, a Arquidiocese de Chicago realiza um rito funeral completo em sua honra. “Na verdade sinto que estamos tomando o lugar dos seres queridos, estamos tomando o lugar dos doentes”, explicou o Padre Sullivan. “Todos tem direito de receber oração e duelo”. O trabalho da igreja ajuda em momentos em que os pressupostos das autoridades civis são limitadas para ocupar-se dos corpos das pessoas não identificadas.

Esta iniciativa de Cemitérios Católicos de Chicago começou em 2012 e desde esse momento cerca de 200 adultos receberam sepultura desta foram, além de 600 crianças não nascidas que correspondem a falecimentos no ventre de suas mães, durante o parto ou por causa de um aborto induzido. O Cardeal Francis George, antigo Arcebispo de Chicago, presidiu ele mesmo a oração nos primeiros funerais. O atual Arcebispo, Dom Blase Cupich, presidiu uma cerimônia para este fim em dezembro de 2014.

O Padre Sullivan fez um chamado ao trabalho para que não existam pessoas em situação de rua e recordou que a Igreja realiza esta atividade como uma das obras corporais de misericórdia. O enterrar aos mortos recorda a crença de que nossos corpos são um presente de Deus e que os cristãos são responsáveis do bem estar físico e espiritual dos outros. Da mesma maneira, as orações pelos mortos tem uma grande importância espiritual, e o trabalho tem que desenvolver-se das duas formas. “Nossos corpos são um presente de Deus que deve ser tratado com dignidade e respeito. Não podemos simplesmente oferecer as orações, temos que fazer algo fisicamente para ajudar”.

“Não é suficiente para mim simplesmente orar por quem tem fome: eu tenho que oferecer-lhe comida”, indicou. “Não é suficiente para mim orar por quem está sofrendo, temos que assegurar-nos que suas necessidades físicas ou médicas também são cuidadas”.

O diretor dos Cemitérios Católicos da Arquidiocese de Chicago, Roman Szabelski, recordou que cada uma das pessoas que falecem inclusive em situação de rua tem uma história e um lugar dentro da sociedade. “Eles são a mãe ou o irmão, o cunhado, filho ou algo de alguém. E é muito triste por sua própria situação que os levou a ser pessoas de rua, por assim dizer, e morrer sozinhos”. Além do trabalho em favor dos não identificados, a Arquidiocese de Chicago provê assistência de caridade para 300 funerais de famílias que não podem pagar os serviços. (GPE/EPC)

 
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