Ariccia – Itália (Terça-feira, 08/03/2015, Gaudium Press) – “Vós sois o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor com o que se há de salgar? ” (Mt. 5, 13)

Este foi o texto-pergunta proposto pelo Padre Ermes Ronchi para a reflexão do segundo dia dos Exercícios Espirituais que estão sendo realizados em Ariccia e dos quais participam o Papa Francisco e Membros da Cúria Romana.

O texto de São Mateus foi utilizado neste segundo dia como uma das ‘perguntas evangélicas’ que vêm sendo propostas pelo pregador como método utilizado por ele para desenvolver suas reflexões nesse Retiro de Quaresma.

O padre Ronchi recordou que o sal, desde o mundo antigo, é um elemento precioso e denso de significados.

É um símbolo da conservação daquilo que merece durar e os discípulos, como o sal, preservam aquilo que alimenta a vida na terra, ou seja, o Evangelho, sublinhou ele.

Para o padre servita, a humildade do sal e a humildade da luz são modelos para a Igreja e os discípulos:

“Eis a humildade do sal e da luz. Que não atraem a atenção sobre si, não se colocam no centro, mas valorizam aquilo que encontram. “

O Padre Ronchi recomendou que, como a luz, os olhares devem também ser olhares luminosos.

E ele explicou sua recomendação: ter olhares luminosos que quando se voltam para as pessoas evidenciam tudo aquilo que há de mais bonito no homem, na alma humana. E, explicou também que “ser como o sal” significa que nós só devemos ter valor no encontro:

“Observemos o sal. Enquanto permanece na sua caixa, fechado numa gaveta da cozinha não serve para nada. A sua finalidade é sair e perder-se para melhorar as coisas. Ele doa-se e desaparece.

É a Igreja que se doa, se dissolve, que acende, que vive para os outros…” (JSG)